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O que define mais de 100 sc/ha de soja?

Campeões de produtividade apostaram em alguns manejos no campo que se refletiram em resultados positivos


Foto: Pixabay

Os números alcançados pelos campeões de produtividade do CESB nesta safra parecem difíceis de alcançar. O primeiro colocado, Laércio Dalla Vecchia, de Mangueirinha (PR), colheu 118,82 sacas por hectare. Foi o melhor resultado entre os 5.204 sojicultores que participaram da edição do concurso.

Enquanto cada produtor da Região Sul teve em média um retorno de R$ 1,50 a cada real investido, o campeão de produtividade atingiu R$ 2,80 a cada real investido. Clima, boas cultivares, estrutura de solo, profundidade de semeadura e aplicação de fertilizante, plantabilidade e práticas agrícolas adequadas de manejo são alguns dos segredos.

O Laércio nos conta alguns dos passos importantes adotados por ele nesta safra. Confira no vídeo. Logo abaixo uma entrevista com o Gerente de Marketing da BASF, Nilson Caldas, que dá mais um panorama para as altas produtividades.
 

Portal Agrolink: que características os grandes campeões de produtividade possuem em comum?
Nilson Caldas:
os agricultores trabalham safra após safra com um direcional muito importante para o alcance de bons resultados. Fazer um manejo eficiente durante todo ciclo e com adoção de boas práticas agrícolas. O resultado é uma lavoura rentável e produtiva. Os resultados positivos alcançados no Desafio CESB de Máxima Produtividade reforça o comprometimento da BASF com a longevidade da produção de soja no Brasil. A empresa acredita que é possível produzir cada vez mais com uso de tecnologia e realizando o manejo correto das plantações. A premiação do CESB é uma referência para o mercado de soja. Cada vencedor deixa um legado de boas práticas da lavoura. A BASF atua junto dos agricultores na construção deste legado.

Portal Agrolink: como alcançar essas grandes produtividades, desde cuidado com solo até colheita e o planejamento de campo?
Nilson Caldas:
a BASF acompanha todas as fases do cultivo, contribuindo para a sustentabilidade do negócio e a continuidade do trabalho que gera o legado do agricultor. É um compromisso de longo prazo com toda a cadeia produtiva. Além da escolha de uma semente certificada e de qualidade para o plantio da soja, a BASF possui algumas dicas que são de extrema importância para produtividade ao decorrer da safra. A BASF afirma que o manejo bem feito resulta em maior produtividade e rentabilidade. Estas práticas exigem o planejamento prévio das atividades a campo e o monitoramento constante do cultivo.

1 – Plantar na área limpa: Buva, corda-de-viola, capim amargoso, trapoeraba e outras plantas daninhas disputam água, luz e nutrientes com a soja.  A dessecação da área antes da semeadura é indicada para o sistema de plantio direto. Verifique o período de carência dos herbicidas antes de realizar o plantio.

2 – Velocidade da plantadeira: a pressa é inimiga do bom plantio. A velocidade ideal da máquina deve ser em média de 5 Km/h. O agricultor precisa planejar a atividade e ficar atento ao clima para evitar contratempos. O aumento da velocidade pode causar falhas no plantio, resultando em menor número de plantas que pode resultar em menor produção.

3 – Ficar de olho no clima: o manejo eficiente deve levar em conta uma série de fatores, entre eles o clima durante o desenvolvimento da planta. Evite realizar aplicações horas antes da chuva. O vento forte também prejudica o resultado da pulverização deslocando as soluções do alvo correto. De uma maneira geral, a temperatura ideal para a aplicação de soluções na lavoura está entre 20ºC e 30ºC.

4 – Não descuidar do controle de plantas daninhas: após a semeadura, o agricultor deve seguir com o manejo eficiente no controle de plantas daninhas. Em áreas cultivadas com soja tolerante a herbicidas, como o glufosinato, a pulverização pode ser feita logo após a emergência da soja. Esta medida contribui para eliminar a matocompetição favorecendo o desenvolvimento da planta.

5 – Monitoramento de pragas: o ataque de pragas, como lagartas e percevejos, pode ocorrer no início do desenvolvimento da plantação, alguns insetos migram de lavouras anteriores ou plantas tigueras para o novo cultivo. As inspeções na plantação podem ser feitas com o uso de pano-de-batida ou outro recurso que indique a infestação da área para definir a necessidade de uso de inseticida.

6 – Aplicação preventiva de fungicida: a ferrugem asiática é a principal doença da soja e pode comprometer até 90% da produção da soja caso a doença não seja controlada. Existe um complexo de doenças que podem reduzir a produtividade de sua lavoura. Aplicações preventivas de fungicidas ajudam a manter a lavoura saudável e inibem a propagação do fungo. As pulverizações preventivas podem ser iniciadas a partir do florescimento.

7 – Rotação de soluções e ingredientes ativos: o uso contínuo de soluções com o mesmo ingrediente ativo pode gerar resistência nas plantas daninhas, pragas e doenças – dificultando o controle. A rotação no uso de tecnologias contribui para a lavoura mais saudável e a longevidade do cultivo.
 
Portal Agrolink: como a tecnologia em sementes, agroquímicos e biológicos vem auxiliando nesses aspectos?
Nilson Caldas:
um dos pilares da BASF é colocar o agricultor no centro dos seus negócios. As pesquisas desenvolvidas pela empresa são estrategicamente elaboradas para auxiliar o agricultor em seus maiores desafios no campo. Estamos ao lado do agricultor diariamente observando e ajudando enfrentar os obstáculos durante toda safra. Com isso, temos a visão do que realmente o agricultor necessita. Com isso, trabalhamos para desenvolver ferramentas essenciais para auxiliar na produção agrícola. Com a nova estratégia da BASF, guiada pela inovação na agricultura, a empresa tem proporcionado benefícios para os agricultores e toda a sociedade, com base no conhecimento científico e em resultados práticos. Além do investimento em pesquisa e desenvolvimento de aproximadamente 900 milhões de euros, a BASF também tem investido na infraestrutura dos seus centros de pesquisa. O resultado de todo este investimento pode ser observado no robusto pipeline da BASF. Para a próxima década a empresa está programando uma série de lançamentos no Brasil, o que demonstra o compromisso de longo prazo com agricultores.
                                                                                                
Portal Agrolink: de que forma a pesquisa das empresas do setor vem elevando a régua da produtividade?
Nilson Caldas:
  a BASF é uma empresa líder em inovação e referência em Soluções para Agricultor. Com objetivo de trazer ferramentas cada vez mais tecnológicas e de apoio para agricultura brasileira, a empresa investe em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e tecnologias para contribuir com o aumento da produtividade e rentabilidade no campo. O investimento global total em P&D da Divisão de Soluções para a Agricultura é de aproximadamente 900 milhões de euros por ano.


 

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