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O que explica crescimento das agtechs?

"É difícil falar que existe uma fórmula padrão, mas a notícia boa é que algumas coisas podem ajudar"


Foto: Arquivo

As agtechs parece que vieram para ficar no agronegócio. No Brasil o movimento é relativamente recente mas já tem bons resultados. As atechs têm como principal missão desenvolver novas tecnologias capazes de gerar informações precisas para o agricultor. 

Durante a pandemia o único setor que cresceu no país foi o agronegócio. O PIB das atividades rurais avançou 0,4% entre abril e junho. E as previsões seguem otimistas com projeção de nova safra recorde de grãos, especialmente milho e soja. Esse desempenho respinga nas agtechs que, mesmo na pandemia, valorizaram cerca de 44% e 56% delas desenvolveram novas soluções no período.

Quem nos ajuda a entender mais este movimento é o co-founder e country manager Brasil e América Latina da Sima, Mauricio Varela. O Sistema Integrado de Monitoramento Agrícola é uma agtech especialista em monitoramento, coleta, armazenamento e análise de dados no agro. O gestor explica que mesmo em tempos de isolamento o contato ativo e a presença a campo foram mantidos. Os resultados de assumir o risco vieram em negócios. Quando comparado, por exemplo, o período de janeiro a agosto de 2019 com janeiro a agosto de 2020, houve incremento de cerca de 220%. “Além disso, a expectativa é que essa tendência seja ainda mais significativa e se intensifique nos próximos meses com o início da safra de soja tanto no Brasil quanto na Argentina”, diz.

Varela ainda destaca que o desafio de crescer na crise é a pergunta que todo empreendedor e empresário deve estar se fazendo neste exato momento. “É difícil falar que existe uma fórmula padrão, mas a notícia boa é que algumas coisas podem ajudar a resolver essa difícil equação”, aponta.

Na SIMA, por exemplo, o que fez a diferença foi planejamento, análise de mercado, riscos e oportunidades para tomar as decisões e direcionar investimentos. Com menos de um ano de atuação no Brasil, a agtech tem a meta de, até 2021, atingir um volume de 3 milhões de hectares somente no país. A empresa também se prepara para atuar em outras frentes, como modelos de negócios pensados nas redes de distribuição de insumos, cooperativas e indústrias.
 
 

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