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Oferta global pressiona abertura dos grãos

No complexo da soja, o movimento segue sustentado mais por expectativas


No complexo da soja, o movimento segue sustentado mais por expectativas No complexo da soja, o movimento segue sustentado mais por expectativas - Foto: Ivan Bueno/APPA

Os mercados agrícolas começaram a semana com comportamento misto, refletindo o peso da oferta global elevada, incertezas regulatórias e movimentos cambiais que seguem orientando as negociações no exterior e no mercado interno. De acordo com a TF Agroeconômica, o trigo abriu a semana em queda na Bolsa de Chicago, pressionado por uma oferta mundial recorde que obriga os exportadores a manterem preços competitivos para preservar participação de mercado.

A tendência negativa foi reforçada pela notícia do primeiro carregamento de trigo argentino com destino à China, em um cenário em que o produto do país vizinho aparece como o mais barato para os compradores internacionais. A recente redução das tarifas de exportação argentinas e a entrada de uma produção abundante no Hemisfério Sul ampliam as preocupações com a competitividade do trigo dos Estados Unidos. No mercado físico brasileiro, os preços mostraram leve alta diária no Paraná e no Rio Grande do Sul, embora ainda acumulem perdas no comparativo mensal.

No complexo da soja, o movimento segue sustentado mais por expectativas do que por fatos concretos. As compras chinesas de soja norte-americana avançam, mas sem confirmação de compromissos duradouros, o que limita reações mais firmes nos preços. A retomada dos leilões de estoques estatais pela China indica restrições logísticas de curto prazo e reduz a necessidade imediata de novas importações, enquanto a maior competitividade das ofertas do Brasil e da Argentina pressiona os prêmios sul-americanos. O elevado posicionamento comprado dos fundos aumenta a vulnerabilidade do mercado a correções.

O milho iniciou a semana com pequenas oscilações em Chicago, influenciado pela safra recorde dos Estados Unidos e pela indefinição sobre as regras de mistura de biocombustíveis para 2026. O ritmo consistente das exportações americanas segue oferecendo suporte às cotações, apesar do ambiente de cautela.
 

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