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Oposição a transgênicos se relaciona com baixo conhecimento

"Essa pesquisa nos mostra a importância da divulgação de informações"


Um estudo publicado recentemente pela revista científica Nature Human Behaviour  indicou que, quanto mais as pessoas se opõem aos alimentos geneticamente modificados, em especial os transgênicos, menos elas sabem sobre ciência e genética. A pesquisa foi realizada nos Estados Unidos e na Europa pelas Universidades do Colorado, de Washington, de Toronto e da Pensilvânia. 

De acordo Phil Fernbach, líder do estudo e professor de marketing da Leeds School of  Business, da Universidade do Colorado, o estudo indicou que os fortes opositores aos transgênicos não conheciam aspectos básicos sobre a ciência, mesmo acreditando que conhecem bastante o assunto. Nesse sentido, ele acredita que esse fato pode estar associado com a falta de pesquisa em assuntos que as pessoas acham que dominam. 

Além disso, Adriana Brondani, doutora em Bioquímica e Biologia Molecular e diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), afirma que a população não procura saber como funciona a indústria de alimento. “Por isso, talvez essas pessoas não associem a ciência ao desenvolvimento de plantas melhoradas geneticamente. Essa pesquisa nos mostra a importância da divulgação de informações sobre alimentos transgênicos, pois o desconhecimento favorece que a propagação de mitos e inverdades sobre eles”, aponta. 

No Brasil, um estudo semelhante realizado pelo Ibope Conecta, mostrou que 79% dos entrevistados declararem ter interesse por ciência e, apenas 23% dos respondentes acreditava que o conhecimento científico auxiliava na produção de alimentos. 

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