Os dias passam e o RS segue sem cotar o trigo
Com isto, os moinhos vão utilizando os estoques atuais de safra velha
De acordo com a T&F Consultoria, o estado do Rio Grande do Sul segue sem cotações para o trigo. “Continua a indefinição do potencial produtivo e, principalmente, da qualidade do trigo gaúcho para a próxima safra. Com isto, os moinhos vão utilizando os estoques atuais de safra velha até que consigam começar a comprar trigo da safra nova. Dentro de 10 dias o Paraná terá algo ao redor de 1,7 milhão de toneladas colhidas, podendo fornecer aos demais estados, mas, talvez os preços não agradem”, comenta.
“Os primeiros negócios estão saindo a R$ 1.150,00 FOB e, com o frete, chegariam ao Rio Grande do Sul ao redor de R$ 1.300,00, para fazer farinha e competir com os moinhos paranaenses que tem custo menor, em São Paulo, algo inviável. Então, há que esperar o início da colheita da safra gaúcha de trigo, em outubro e novembro”, completa.
Em Santa Catarina, um moinho do leste do estado comprou trigo de São Paulo a R$ 1.130,00 mais frete. “Moinho do Leste de Santa Catarina preferiu comprar 300 toneladas de trigo de São Paulo a R$ 1.130,00 FOB mais R$ 125,00 de frete (total R$ 1.255,00 CIF), do que aceitar oferta de trigo melhorador paranaense a R$ 1.220,00 CIF”, informa.
No Paraná foram registrados negócios saindo a R$ 1.150,00 FOB no norte do estado. “Houve alguns negócios pontuais a R$ 1.150,00 FOB no norte do Paraná para moinhos locais, com frete curto e para Curitiba, com frete de R$ 80,00/ton. Os volumes só não foram maiores porque a maioria dos vendedores insiste em R$ 1.200,00/FOB, preço insustentável para os moinhos no atual nível de preço das farinhas, que exigem um preço máximo de R$ 1.000,00/t para a compra do cereal. Portanto, os preços dos negócios acima são bons e tendem a cair”, conclui.