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Para a Famato o PAP não atenderá as demandas do produtor do MT

O valor é 37,8% maior do que os R$ 78 bilhões da safra 2008-2009

De acordo com o Plano safra, anunciado pelo Ministro da Agricultura, o governo federal vai destinar R$ 107,5 bilhões para financiar a agropecuária brasileira na safra 2009-2010. O valor é 37,8% maior do que os R$ 78 bilhões da safra 2008-2009. A agricultura comercial ficará com R$ 92,5 bilhões, enquanto a familiar terá R$ 15 bilhões. O objetivo, segundo o governo é garantir renda ao produtor e estimular o crescimento sustentável.

O plano deste ano levou em considerações as mudanças decorrentes da crise econômica mundial e procura atenuar os efeitos deste cenário. O crédito disponibilizado ao custeio e comercialização da safra 2009/2010 (para agricultura empresarial) é de R$ 66,2 bilhões contra R$ 54,8 bilhões do ano anterior, aumento de 20,8% este ano. O crédito a juros controlados (com taxas menores) soma R$ 54,2 bilhões, elevação de 20,2% em relação aos R$ 45,1 bilhões de 2008.

Dos R$ 92,5 bilhões destinados a agricultura comercial, Mato Grosso deverá utilizar apenas R$ 1,5 bi, ou seja, 1.62 % do total. Isso devido as dificuldades de acesso ao credito impostas aos produtor rural do estado.

Na avaliação do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, o plano não contempla boa parte dos produtores do Estado, que tem o perfil de grande e não médio ou pequeno produtor rural a quem o governo dá maior atenção. Ele diz que o setor esperava, além do plano, um pacote de medidas que facilitasse o acesso ao crédito aos agricultores de Mato Grosso, que tiveram o risco aumentado junto aos agentes financeiros em decorrência de renegociações de dívidas agrícolas antigas.

"Não foram apresentadas medidas que flexibilizem o acesso ao crédito oficial. O governo federal precisa desonerar o produtor rural e diante deste plano, a agricultura de Mato Grosso não sofrerá impacto".

Para Rui Prado, não adianta o governo anunciar recursos se no banco o produtor rural está com as portas fechadas. “Infelizmente ainda estamos com muitas barreiras para renegociar das dívidas rurais. Sem renegociação não é possível acessar o crédito”, frisou, que o risco agrícola é classificado de A a H o que cria ainda mais restrições ao crédito.

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