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Para onde está indo o milho brasileiro?

Oferta apertada devido às dificuldades climáticas que atingiram as regiões produtoras


Foto: Leonardo Gottems

“Com a alta recente de preços diante de um cenário de incerteza quanto a real oferta de milho da segunda safra, as importações brasileiras do cereal ganharam força esse mês”. A constatação é da Consultoria AgResource Brasil, com base em dados oficiais do Ministério da Economia.
 
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o volume importado em julho até a semana terminada no dia 23 foi de 1,21 milhão de toneladas. Isso representou uma alta de impressionantes 860% em relação ao mês anterior e de incríveis 2.430% em relação ao mesmo período do ano passado. 

Em todo o ano de 2021, o Brasil já acumula 2,06 milhões de toneladas importadas, alta de 305% em relação ao volume entre janeiro e julho do ano passado. “No pico dos meses de colheita da segunda safra (maio, junho e julho), a oferta de milho no mercado interno é elevada, o que reduz as importações de milho, estimula as exportações e contém o aumento de preços no mercado. No entanto, neste ano, o que foi observado foi o contrário devido às dificuldades climáticas que atingiram as regiões produtoras”, afirma a AgResource Brasil.

“As exportações de milho estão em ritmo lento devido aos preços no mercado interno mais altos, acima de R$ 100 por saca, diante do temor da falta do grão. Nesse caso, importar o produto de países como Argentina e Paraguai foi a solução para alguns players do mercado que buscam o cereal com os preços mais competitivos. Nesse sentido, o setor de alimentação animal se destaca nas importações. Nesta semana, a JBS S.A. indicou a importação de cerca de 1 milhão de toneladas de milho argentino ou de 30 navios”, concluem os analistas de mercado.

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