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Paraná: produção de tangerina avança com boa safra e queda nos preços

Paraná inicia safra de tangerinas com otimismo



Foto: Pixabay

O Paraná iniciou a colheita da safra de tangerinas com boas perspectivas de produção, mesmo diante da queda nos preços pagos ao produtor. De acordo com o Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado nesta quinta-feira (15) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), a colheita já atingiu entre 15% e 20% do esperado, com ritmo constante desde a primeira quinzena de abril.

“As condições climáticas favoreceram o início da colheita, com chuvas bem distribuídas que anteciparam a maturação e a inversão de ácidos em açúcares das frutas”, informou a equipe técnica do Deral. Segundo os analistas, os pomares estabelecidos e os novos plantios apresentam boa carga, resultado do investimento dos citricultores em adubação e manejo, mesmo diante do aumento dos custos de produção.

Cerro Azul, no Vale do Ribeira, se mantém como o principal produtor de tangerinas do Brasil, respondendo por 9,3% da produção nacional e 9,2% do Valor Bruto da Produção (VBP). O município vizinho de Doutor Ulisses aparece como o quinto maior produtor do país, com participação de 3,1%.

Em 2023, o Paraná colheu 94,5 mil toneladas da fruta em uma área de 7,1 mil hectares. O levantamento do Deral aponta uma redução de 11,3% na área cultivada e de 22% no volume colhido em relação a 2014. Apesar da retração histórica, há otimismo para a atual safra. “A oferta está bem distribuída, e o produto apresenta bom padrão de casca e sabor, com baixa incidência de pragas”, ressaltaram os analistas do Deral.

Os preços, no entanto, seguem em queda com o avanço da colheita. “As frutas temporãs chegaram a R$ 5,51 por quilo no fim de março, caíram para R$ 2,01 no fim de abril e, na semana passada, estavam em R$ 1,36”, aponta o boletim. A média nominal em 2024 está em R$ 1,66 por quilo. No entreposto de Curitiba, a caixa de 20 kg da Tangerina Ponkan foi vendida entre R$ 38 e R$ 45. Em março, com oferta restrita, os valores chegaram a R$ 130.

Nas gôndolas do varejo, o valor do quilo da tangerina também recuou ao longo do ano. “Iniciou janeiro em R$ 12,46, passou a R$ 11,74 em fevereiro, caiu para R$ 8,62 em março e chegou a R$ 6,69 em abril”, detalha o relatório. A média nominal no ano é de R$ 8,46 por quilo.

Apesar da desvalorização, a colheita atual mantém o ânimo dos produtores, que esperam celebrar os resultados na 57ª Festa Nacional da Ponkan, programada para ocorrer entre os dias 6 e 8 de junho, em Cerro Azul, município reconhecido como a Capital Nacional do Cítrico.

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