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Paraná deve colher 30 milhões de toneladas de grãos


Em 20 dias intensifica-se a colheita da safra 2004/05, avaliada em 30 milhões de toneladas, volume que representa a recuperação da produção recorde produzida há dois anos, na safra 2002/03. O clima colaborou e as chuvas foram benéficas no desenvolvimento das lavouras de grãos. Mas os produtores já começam a se preocupar com a persistência do período chuvoso, porque prejudica a colheita.

O aumento da produção de soja e milho, os dois principais grãos cultivados no Estado, deve minimizar os efeitos da queda de renda que se espera com a comercialização da safra que começa a ser colhida. A previsão da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) é que haverá uma queda de renda de 40% no preço da soja e de 20% no preço do milho. Aliado à isso, os custos de produção tiveram um aumento de 20% a 25% nesta safra, disse Robson Mafioletti, analista econômico da entidade.

Além da chuva e queda na renda, a armazenagem também é fator de preocupação para o escoamento da safra. Hoje, o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski vai pedir ao ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, a desocupação dos estoques de grãos do governo federal que estão armazenados nas cooperativas do Estado. As cooperativas querem a remoção desses estoques, que somam 320 mil toneladas para abrir espaço para os produtos que começam a ser colhidos. Eles se encontram na inauguração do frigorífico de abates de aves da Copagril, em Marechal Cândido Rondon.

Conforme levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), este ano serão colhidas 12,4 milhões de toneladas de soja, um aumento de 24% na produção do ano passado que atingiu 10,07 milhões de toneladas. Segundo o técnico Otmar Hubner, as chuvas não provocaram perdas nas lavouras até agora e a ferrugem está controlada pelos produtores.

A colheita de milho deve atingir 7,15 milhões de toneladas, uma redução de 6% em relação ao ano passado quando foram colhidas 7,6 milhões de toneladas do grão. Essa queda, porém, foi na mesma proporção da redução de plantio que atingiu 7% da área. Hubner destacou que a produtividade da cultura será mantida.

O feijão, que já está sendo colhido, deve apresentar uma produção total de 414 mil toneladas, uma redução de 13% em relação ao ano passado. A lavoura também está menor por causa da redução de área plantada que na safra 2004/05 foi de 17%. As chuvas prejudicaram o plantio de feijão no Sudoeste, Central e Norte do Estado. Mas na região Centro-Sul, que corresponde a 74% da produção estadual, o desempenho das lavouras está favorável, superando as expectativas das estimativas iniciais, disse o engenheiro agrônomo do Deral, Richardson de Souza.

Já o algodão terá um aumento de 41% na produção, passando de 89.940 toneladas na safra passada, para 126.800 toneladas que deverão ser colhidas este ano. A área plantada aumentou 15,9% na atual safra, em relação à anterior.

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