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Pastagens de inverno enfrentam dificuldades com clima adverso

Produtores rurais buscam alternativas



Foto: Divulgação

O Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na última quinta-feira (01/08) destacou que, apesar das condições climáticas favoráveis para o crescimento das pastagens de inverno, a oferta de forragem ainda está abaixo do ideal em diversas regiões do Rio Grande do Sul. Fatores como excesso de umidade, erosão das pastagens e falta de radiação solar têm prejudicado o desenvolvimento dos campos, levando muitos produtores a recorrer ao uso de feno, pré-secado e silagem para suprir a escassez de volumoso.

Na região administrativa de Bagé, os efeitos das geadas de julho, que queimaram a vegetação, ainda são sentidos nas áreas de campo nativo. No entanto, áreas bem manejadas com maior diversidade de espécies estão fornecendo boas condições de pastejo, assim como aquelas com azevém em sobressemeadura. Em Bagé, a umidade excessiva nas baixadas tem dificultado o consumo de forragem pelos animais.

Já na região de Caxias do Sul, apesar do bom desenvolvimento das pastagens, elas ainda não atingiram o nível esperado. A melhora nas condições climáticas, com tempo seco e boa luminosidade, tem facilitado o manejo e economizado forragens conservadas para os bovinos. Em Erechim, o tempo seco favoreceu a implantação de culturas de inverno e o desenvolvimento das pastagens, com a umidade do solo se aproximando da normalidade e o plantio de culturas anuais para silagem em andamento.

Em Frederico Westphalen, as pastagens de inverno, impactadas pelas chuvas de maio, apresentam lenta rebrota e enfrentam dificuldades devido à falta de insolação. Em Ijuí, as forrageiras anuais de inverno plantadas nos meses de abril e maio estão se desenvolvendo melhor, mas com dificuldades de rebrote. Já as lavouras semeadas em junho apresentam baixo desenvolvimento, com adubação em andamento nas áreas replantadas e em crescimento.

Na região de Passo Fundo, o clima favoreceu o crescimento das pastagens de inverno, especialmente do azevém. Algumas áreas de aveia preta foram afetadas por geada, mas, no geral, houve bom crescimento, permitindo até dois pastejos. No entanto, o campo nativo teve redução na oferta de pasto devido aos dias nublados e geadas, e o controle de formigas cortadeiras foi iniciado.

Em Pelotas, a oferta de pastagens naturais e de azevém está reduzida, exigindo suplementação dos rebanhos. Nos municípios de Amaral Ferrador, Arroio Grande e Chuí, a situação é mais complicada devido aos danos causados às pastagens.

Na região de Porto Alegre, o frio e os dias curtos resultaram em uma oferta de pastagem muito baixa e crescimento lento, com o pastoreio concentrado em campos nativos. Muitas pastagens anuais não estão prontas, mas os produtores têm colocado os animais para pastejo precocemente. Adubações foram realizadas nas pastagens e campos nativos. Em Santa Maria, o vazio forrageiro outonal foi prolongado, afetando o campo nativo e as pastagens perenes de verão, mas as pastagens de inverno estão começando a melhorar, permitindo um pastejo mais adequado.

Na região de Santa Rosa, o aumento da temperatura e da luminosidade favoreceu o crescimento do campo nativo, embora a capacidade de pastejo ainda seja baixa. Em Soledade, nos municípios de Tio Hugo e outros no Alto da Serra do Botucaraí e Centro-Serra, as pastagens plantadas antes das chuvas excessivas estão em boas condições para pastejo, mas a maioria enfrentou atrasos no plantio, resultando em baixa disponibilidade de pasto e aumento dos custos com silagem e ração.

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