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O Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quarta-feira (19) aponta avanço no desenvolvimento das pastagens no Rio Grande do Sul. Segundo o relatório, “as forrageiras perenes de verão apresentaram desempenho elevado no período”, com brotação e oferta adequadas em áreas de Tifton 85 e Jiggs, manejadas diretamente pelos rebanhos. As espécies anuais de verão continuam em implantação conforme as condições de solo e clima, enquanto o campo nativo registrou rebrota suficiente para os lotes em pastejo.
Na região administrativa de Bagé, as chuvas regulares favoreceram o estande das pastagens, ampliando o perfilhamento e o crescimento. O primeiro pastejo já ocorre em várias áreas, e a colheita de sementes de azevém avança nas etapas iniciais. Em São Gabriel, foi concluída a colheita das áreas de aveia-preta.
Na região de Caxias do Sul, a silagem de trigo foi finalizada, e as espécies anuais de verão tiveram desenvolvimento adequado, impulsionadas pelas chuvas da semana anterior e pelo aumento da luminosidade. Em Erechim, a maior luminosidade beneficiou culturas como aveia de verão, sorgo e milheto, além de recuperar a oferta de campo nativo.
Em Frederico Westphalen, as espécies anuais iniciaram os primeiros pastejos. Na região de Ijuí, pastagens de milheto e capim-sudão registraram crescimento intenso, gerando excedente de massa verde que permitiu o direcionamento de áreas para fenação.
Em Passo Fundo, a maior nebulosidade reduziu a taxa de crescimento das pastagens, e as espécies anuais de verão tiveram desempenho inferior ao das perenes. Na região de Pelotas, precipitações de até 80 mm permitiram a realização de tratos culturais. Em Pinheiro Machado, o volume de chuva registrado em 14 de novembro estimulou o crescimento das espécies nativas e permitiu a retomada da implantação das espécies anuais de verão.
Na região de Porto Alegre, a maior parte das pastagens estivais ainda não apresenta condições de pastejo, e as pastagens de inverno, em final de ciclo, foram aproveitadas por poucas propriedades. Em Santa Maria, as temperaturas elevadas e a precipitação favoreceram tanto as pastagens de verão quanto o campo nativo, mas ainda há vazio forrageiro primaveril devido ao encerramento das pastagens de inverno e ao atraso no crescimento de panicuns e braquiárias. A colheita dos cereais de inverno destinados à ensilagem segue em andamento.
Em Santa Rosa, as chuvas frequentes possibilitaram a adubação nitrogenada de cobertura, gerando rebrota rápida e forte, sem registros de pragas. A produção de feno e pré-secados avança. Em Soledade, espécies anuais de verão, como milheto e capim-sudão, seguiram em desenvolvimento após a chuva do fim do período, ainda que de baixa intensidade.