Pecuária bovina deve ter aumento da oferta e recuperação
“Olhando para os preços do boi gordo e da carne bovina para o próximo ano, eles devem ser pressionados"
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O novo relatório de perspectivas para o agronegócio brasileiro, produzido pelo Rabobank, indicou que a oferta de carne bovina deve aumentar com a recuperação do consumo doméstico. “Vale lembrar, que existe uma expectativa sobre o futuro das políticas de enfrentamento da Covid-19 na China”, comenta.
“Pois, o setor de foodservice foi um dos mais impactados pela política de tolerância zero aplicada pelo governo. Em caso de novos lockdowns, com o chines passando mais tempo em casa (e consumindo menos fora do lar), somado a forte recuperação nos preços da carne suína no atacado/varejo, que eleva a competitividade da carne bovina para parte da população, novas oportunidades para carne bovina brasileira podem surgir”, completa.
Nesse cenário o Brasil está bem posicionado não só por questões de preço, mas também pelo potencial de oferta. “Australia, que é historicamente um importante fornecedor de carne bovina para os EUA, deve ter um ano de maior oferta e pode impactar na competição por esse mercado também. O Oriente Médio e Europa devem continuar trazendo oportunidades para as exportações brasileiras no próximo ano”, indica.
“Olhando para os preços do boi gordo e da carne bovina para o próximo ano, eles devem ser pressionados por conta do cenário de maior oferta e da recuperação da demanda local. O movimento atípico de queda/estabilidade no segundo semestre de 2022 podem resultar em um início de ano com desvalorização sazonal. Preços médios menores do boi gordo no próximo ano devem exigir ainda mais eficiência e produtividade dentro da porteira para reduzir os impactos nas margens de produção”, conclui.