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Perda de produtividade no algodão não desamina MT

Rendimento inferior não desmotiva produtores em Primavera do Leste (MT)



O período chuvoso ocorrido em janeiro e fevereiro deste ano provocou perda do algodão de “baixeiro”, parte da planta onde ficam as primeiras plumas aptas à colheita. Grande parte das plumas desta safra apodreceu. E a falta de chuva na fase em que as plantas precisam de um bom volume hídrico também prejudicou a produção do algodoeiro.

“Perdeu-se num momento por excesso de chuva e em outro por falta de chuva sobre as plantações”, observa o gerente geral da cooperativa Unicotton, localizada em Primavera do Leste (MT), Hélvio Fiedler.

A colheita nas lavouras dos 72 cotonicultores cooperados começou no final de junho e deve se encerrar dentro de 20 a 30 dias. Nesta safra, a área plantada pela Unicotton foi de 56 mil/ha. Segundo Hélvio a produtividade esperada era de 250 arrobas (@)/ha. Porém com os problemas ocasionados pela chuva, a média da produtividade ficará entre 220 a 230@/ha.

Na próxima safra, a Unicotton pretende aumentar a área de plantio em até 30%. “Pretendemos retomar as áreas que deixaram de ser cultivadas nessa safra”, afirma Hélvio.

A explicação da retomada de área de algodão está no potencial da atividade, considerada como a “menos arriscada” e com perspectivas de mercado. Mesmo que o investimento na cotinocultura - orçado em cerca de US$ 1,7 mil - seja quase quatro vezes maior do que o aplicado na sojicultura (US$ 450), Hélvio acredita que plantar algodão está mais seguro do que cultivar soja. “Muitos produtores que deixaram de plantar algodão vão voltar, quem diminui área vai retomar, esse é o nosso caso”.

Hélvio lembra que, por ter alto custo de produção, a cotonicultura não permite erros. “Por isso não dá para ampliar demais a área. Para tanto, a Unicotton pretende apenas retomar as áreas que não foram plantadas”.

Unicotton - Situada a 239 quilômetros ao Centro Leste de Cuiabá, a Unicotton é a primeira cooperativa de algodão de Mato Grosso e a primeira brasileira do Centro-Oeste. Maior parte da produção, cerca de 60%, é exportada para Japão, China e Indonésia. Os 40% restantes são destinados para indústrias têxteis situadas nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina, além dos estados da região Nordeste do país.

Avaliação - Os principais municípios produtores de algodão da região Sul de Mato Grosso colheram 92% dos 143,11 mil hectares (ha) cultivados na atual safra (2005/06). Pedra Petra (243 quilômetros ao Sul de Cuiabá) é o município com maior volume de algodão colhido, atingindo 95% da área plantada.

Dados do Boletim de Acompanhamento de Safra do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea), ligado à Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, revelam que dentro de 20 dias a colheita de algodão será finalizada na região.

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