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Pif Paf compra Tropical fabricante de sucos da marca Tial

A Pif Paf espera dobrar o faturamento da Tial, de R$ 32 milhões em 2004 para R$ 60 milhões neste ano



A mineira Pif Paf Alimentos fechou a compra de 51% da Tropical Indústria de Alimentos S.A., fabricante da marca de sucos Tial. O valor do negócio não foi revelado. Com a operação, a Pif Paf espera dobrar o faturamento da Tial, que foi de R$ 32 milhões em 2004 e deve saltar para R$ 60 milhões neste ano. "Pretendíamos entrar na área de sucos nos próximos anos, mas a oportunidade da Tropical era boa demais para deixarmos passar", diz Luiz Carlos Mendes Costa, presidente da Pif Paf, frigorífico líder de Minas Gerais e um dos dez maiores grupos abatedouros do Brasil. Neste ano, a Pif Paf pretende faturar R$ 600 milhões. Costa diz que hoje seu principal objetivo com a Tropical é ganhar participação de mercado, liderado pelos Sucos Del Valle e a Suco Mais. Quando questionado se pretende promover uma guerra de preços com as concorrentes, ele diz que a expressão "é muito forte, porém seremos extremamente agressivos em preços". Apesar disso, o executivo ressalta que "o foco não é ganhar liderança, mas rentabilidade". A fábrica da Tropical, localizada ao lado do frigorífico da Pif Paf em Visconde do Rio Branco, tem capacidade para produzir 8,5 milhões de litros por mês, mas vinha operando com grande capacidade ociosa, fabricando cerca de 3 milhões de litros. "O maior entrave era a distribuição, toda feita por meio de empresas terceirizadas. Vamos priorizar vendas diretas, eliminar os atravessadores e, com isso, aumentar a rentabilidade do negócio", afirma. Cerca de 90% das vendas da Pif Paf são feitas diretamente a estabelecimentos de pequeno e médio porte, como pequenas redes de supermercado. "Vamos implantar o mesmo sistema na Tial. Também pretendemos aproveitar nossa rede de importadores de frangos para oferecer a marca Tial". Costa diz já estar negociando com potenciais compradores na Rússia, Japão, China e Hong Kong. A empresa também estuda lançar novos sabores "exóticos" para o Tial, como açaí, graviola e cupuaçu, de olho na exportação. Costa planeja não só ampliar as vendas do suco Tial, mas também investir em dois novos segmentos. O primeiro é o de bebidas infantis. "Já contratamos uma empresa em Belo Horizonte para fazer o design das embalagens e nos ajudar a definir qual será a marca", diz. O outro segmento é o de refrescos, para competir com marcas como a Tampico. "Temos uma linha industrial para produzir refrescos e estamos prontos para reativá-la assim que for definida qual será a marca do produto". "Assim que a marca for definida será possível colocar o produto na rua em menos de um mês". O executivo afirma que pretende vender o suco Tial para todas as classes. Hoje, a venda é fortemente concentrada na classe B e ainda é pequena na classe C. A classe A não tem o hábito de ter uma caixa de suco guardada na geladeira. "Vamos derrubar os preços a ponto de entrar também na classe D". Outra decisão da Pif Paf é focar cada vez mais na marca Tial, reduzindo, aos poucos, a produção para terceiros.

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