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Piscicultura avança com alta da temperatura da água no RS

Engorda de peixes ganha ritmo em diferentes regiões do Estado


Foto: Pixabay

A piscicultura no Rio Grande do Sul atravessa um período marcado pelo avanço das fases de crescimento e engorda, impulsionado pela elevação da temperatura da água, conforme aponta o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (18). Na região administrativa de Erechim, o aquecimento intensificou o metabolismo dos peixes, favorecendo o ganho de peso e a uniformização dos lotes, estratégia adotada pelos produtores para alcançar o tamanho de mercado antes do verão mais intenso. O informativo ressalta que “espécies tropicais, como a tilápia, podem ser afetadas por oscilações térmicas, o que tem demandado mais atenção por parte dos piscicultores”.

Em Passo Fundo, o relatório registra a continuidade do repovoamento dos viveiros com alevinos de diferentes tamanhos, além da ocorrência de despesca em algumas propriedades. Os preços praticados no período foram de R$ 60,00 por quilo para o filé de tilápia e de R$ 9,00 por quilo para a tilápia viva. Já na região de Porto Alegre, a atividade seguiu concentrada na alevinagem, com manejo alimentar intensificado.

Na região administrativa de Santa Rosa, a Emater/RS-Ascar informa que a redução dos volumes de água nos reservatórios, associada às altas temperaturas registradas anteriormente, provocou mortalidade de peixes. Segundo o levantamento, “as chuvas no início do período reverteram essa situação parcialmente”, permitindo a retomada do manejo alimentar, avaliado como eficiente. Mesmo com um ritmo menor de consumo, seguem as introduções de alevinos, a despesca e o abate. Os preços observados foram de R$ 7,00 por quilo da tilápia e entre R$ 15,00 e R$ 21,00 por quilo da carpa.

A pesca artesanal também apresentou movimentação no Estado. Na região de Pelotas, na Lagoa dos Patos, o fim do período de defeso possibilitou a retomada da captura de espécies como tainha, corvina e jundiá. O informativo destaca que “segue vigente o período de proibição da pesca do camarão”, cuja safra está prevista para abertura em 1º de fevereiro de 2026. Em Tavares, na Lagoa do Peixe, os pescadores relataram capturas de tainha e pescadinha na praia oceânica, além da expectativa de liberação da pesca do camarão na lagoa no início de janeiro. Em Santa Rosa, as atividades pesqueiras permanecem suspensas em função do defeso do Rio Uruguai.

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