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Ambas as culturas parecem lucrativas para os produtores americanos em 2023, pelo menos com base nos seus preços atuais e de futuro e nos custos médios de produção esperados. As decisões sobre o que priorizar começam quando o USDA divulga previsões atualizadas de 2023 para oferta e demanda destes produtos em seu Fórum Anual de Perspectivas Agrícolas.
Veja a análise do Canal Agricultura A a Z
A margem de lucro com o milho
Até agora, o milho parece ter uma ligeira vantagem sobre a soja com base nos preços recentes e nas estimativas de custo do USDA feitas em dezembro. Essa não é uma grande diferença, mas os lucros projetados são um fator importante que influencia se os produtores plantam mais ou menos de qualquer cultura.
Os traders tendem a se concentrar em outra métrica, uma que eles podem realmente comprar e vender para especulação: os agricultores tendem a aumentar os plantios de soja quando o mercado é maior, em favor da soja. O milho se beneficia quando a aritmética é menor, indicando que os preços do milho estão acima do normal em relação à soja.
A média de longo prazo para a proporção é de cerca de 2,36 para 1. Atualmente, é de cerca de 2,33 para 1, indicando uma ligeiramente a favor do milho. Há um ano a comparação rendia cerca de 2,45 para 1, a favor da soja.
Maior área de soja
Historicamente, o USDA tem mais probabilidade de mexer em sua estimativa de soja do que de milho na atualização de suas previsões. Mas normalmente a mudança para ambas as culturas é de cerca de 1 milhão de acres para cima ou para baixo. Nos últimos 20 anos, o governo americano aumentou oito vezes seu palpite sobre o milho, diminuiu cinco vezes e manteve o número estável sete vezes.
Mas para a soja, a área cultivada caiu apenas quatro vezes e aumentou 14 vezes, permanecendo a mesma apenas duas vezes. Assim, do ponto de vista de uma jogada de dados, a soja parece mais propensa a ganhar terreno do que o milho.
A vantagem do milho nos lucros e na proporção futura de soja para milho pode mudar essa matemática, ganhando maior área do que a soja em relação às estimativas iniciais de novembro.
Só o tempo mostrará que cultura os americanos priorizarão este ano e isto terá reflexos nos preços e nas decisões dos produtores brasileiros.
