Plantas editadas podem absorver CO2 da atmosfera

Cientistas do Salk Institute, na Califórnia, estão trabalhando na modificação genética de algumas plantas para aumentar sua capacidade natural de fixação de carbono para que possam desempenhar um papel fundamental na luta contra as mudanças climáticas. Há uma estufa em La Jolla, Califórnia, mas não tem apenas paredes de vidro e fileiras de vasos de plantas. Existem microscópios, câmeras de alta tecnologia e máquinas de raio-X. 

É onde cientistas como Wolfgang Busch, professor do Instituto Salk de Estudos Biológicos, estão tentando aproveitar o poder de sucção de carbono das plantas para limpar a atmosfera. Eles estão por trás da " Iniciativa de Aproveitamento de Plantas”. “Se você entrar na estufa, verá pessoas regando plantas e pessoas lavando sujeira e fuligem do sistema radicular para medir e pesar o sistema radicular”, diz ele. 

A geneticista de plantas Joanne Chory, do Salk Institute, acrescenta: “Aprendi a apreciar as plantas, máquinas incríveis que são, cujo trabalho realmente tem sido apenas absorver CO2. E eles o fazem muito bem, porque o fazem há mais de 500 milhões de anos. 

Quando o carbono não polui a atmosfera, geralmente está no solo, enriquecendo o solo de que as plantas precisam para crescer. O objetivo é modificar geneticamente a estrutura celular da planta. Então as plantas vão brotar raízes cada vez maiores. E eles vão absorver mais carbono.  

"Precisamos de todos para começar a reduzir esse carbono e deixá-lo seguro no solo ou onde quer que o coloque, isso não torna nosso planeta mais quente", diz Busch. A equipe está finalizando os testes com espécies de plantas modelo e iniciou seus primeiros experimentos com plantas mais cultivadas, como soja, arroz, trigo e canola.