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Plantas podem usar próprios hormônios contra estresse

Edição genética pode ajudar


Foto: Pixabay

Os pesquisadores estão descobrindo como a modificação genética e a edição no nível de certos hormônios vegetais podem ajudar as culturas agrícolas a se adaptarem à seca, solos salinos, pragas e outros estressores que reduzem seu desempenho. Pesquisadores do Institute for Network Biology na Alemanha e seus colegas podem ter encontrado uma maneira de ajudar. 

No início de julho eles publicaram um estude na Nature, mostrando que as plantas se comunicam com o meio ambiente de maneiras mais complexas do que se pensava anteriormente. A pesquisa revelou que a rede de processamento de informações alimentada por hormônios em um gênero de plantas é realizada por mais de 2.000 interações de proteínas, centenas das quais não haviam sido descobertas antes. "Vamos precisar de uma segunda revolução verde", diz Shelley Lumba, bióloga de plantas da Universidade de Toronto, que não participou do estudo. "Essas seriam boas pistas para testar", completa. 

Ao contrário dos animais, que completam a maior parte de seu desenvolvimento no útero, as plantas permanecem relativamente flexíveis ao longo de suas vidas. As proteínas sensoriais detectam mudanças nas condições ambientais e usam hormônios para alterar seu comportamento ou fisiologia de acordo. Muitas vias são bem conhecidas, o hormônio ABA, por exemplo, diz às plantas para fechar seus poros e conservar água durante a seca, visando várias proteínas específicas para desempenhar as funções celulares. 

No entanto, a flexibilidade dessas redes hormonais é precisamente o que as tornou tão difíceis de modificar ou projetar geneticamente para lidar com as mudanças climáticas. A maioria das culturas geneticamente modificadas no mercado é feita adicionando um gene bacteriano ao genoma de uma planta, permitindo resistir a um herbicida ou praga, por exemplo. E enquanto a alternativa, manipular proteínas, é relativamente fácil com as novas técnicas de edição de genoma, "a planta geralmente é estragada", diz Eilon Shani, biólogo de plantas da Universidade de Tel Aviv. 

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