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Plantio de algodão do Brasil pode cair 15%

Produção vai depender do fator clima


Foto: Marcel Oliveira

A área plantada com algodão no Brasil em 2020/21 pode ter redução de 15% ante o ciclo anterior, em meio a preocupações com atraso na safra de soja pelo clima irregular, disseram integrantes da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) nesta terça-feira.

Até setembro, antes do atraso no plantio de soja, que estreitou a janela climática ideal para a segunda safra de algodão em Mato Grosso (maior produtor brasileiro), a Abrapa via uma queda de pouco mais de 10% na área plantada na comparação com a temporada 2019/20.

A jornalistas, o presidente da Abrapa, Milton Garbugio, ponderou que ainda há incertezas no cenário, e que a associação terá um número mais claro sobre o tamanho da área plantada em janeiro.

Ele admitiu que, uma vez que alguns produtores decidiram fazer algodão primeira safra em Mato Grosso --em áreas antes planejadas para a soja e que foram afetadas pela seca-- isso poderia limitar uma queda maior na área da pluma.

“É um fato que a gente considera, por isso que em meados de janeiro a gente já tenha esse número com maior exatidão... O produtor pode mudar a estratégia dele. Ele está neste exato momento nessa transição que pode trazer mudanças para a área”, disse Garbugio.

Sobre o impacto do clima irregular na produtividade, o presidente da Abrapa disse que ainda é cedo para comentar, uma vez que o plantio da safra está apenas começando.

“A produção vai depender do fator clima... você busca tecnologia, manejo, para obter maior produção, mas se o tempo for igual aos outros anos, não vai afetar”, disse.

Em 2019/20, o Brasil colheu um recorde de cerca de 3 milhões de toneladas da pluma. Anteriormente, a Abrapa chegou a apontar uma produção de cerca de 2,5 milhões de toneladas em 2020/21, que poderia cair mais, se a expectativa de área menor se confirmar.

Da safra total que o país pode colher em 2020/21, a Abrapa estimou que produtores brasileiros já comercializaram cerca de 50% do total, um nível adiantado ante os 40% da média histórica para esta época.

O Brasil é o quarto produtor mundial de algodão, e o segundo exportador, atrás apenas dos Estados Unidos.

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