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Plantio direto é a chave para a sustentabilidade no campo

O Dia Nacional da Conservação de Solo é uma oportunidade para rever conceitos


O Dia Nacional da Conservação de Solo é uma oportunidade para rever conceitos e avaliar as práticas no uso do solo

“Para cada três tratores usados no passado, hoje usamos apenas um, de tamanho médio”. A afirmação é do Gestor Técnico da Cooperativa dos Agricultores de Plantio Direto – Cooplantio, Dirceu N. Gassen, destacando que o tripé plantio direto, rotação de culturas e cobertura permanente do solo é a chave da sustentabilidade para estabelecer metas continuas de produção.

A preocupação com a conservação do solo é mundial, já que a expansão da atividade agrícola para áreas novas é restrita, sendo o Brasil um dos poucos países a dispor de áreas para expansão. O Dia Nacional da Conservação de Solo, comemorado no dia 15 de abril, é uma oportunidade para rever conceitos e avaliar as práticas no uso do solo.

Segundo Gassen, o plantio direto não é o objetivo da agricultura, mas uma das práticas mais importantes que se desenvolveu nos últimos anos para a busca da sustentabilidade na produção. O uso desse sistema de cultivo que iniciou há mais de 30 anos, como substituto ao cultivo convencional (lavração e gradagem do solo, muitas vezes associado a queima da palha), além de reduzir para um terço o uso de tratores na lavoura, aumentou a vida útil do maquinário. “Com a adoção do plantio direto, independente da região, se reduziu em torno de 66% o consumo de combustível, cerca de 95% a erosão do solo e aumentou a atividade biológica”.

De acordo com ele, nos últimos anos com a evolução nas práticas de manejo, o consumo do diesel passou de 189 litros com a produção de 3600 kg de grãos/ha para 62 litros e uma produção próximo a 6800 kg de grãos por hectare. A soja, até 1990, com o plantio convencional, produzia em torno 1450 kg de grãos/ha e o consumo de 60 litros de diesel. Nos últimos anos, com a evolução do plantio direto, o melhoramento genético e a eficiência nos processos de manejo, a produção média chegou a 2400 kg/ha com o consumo de 22 litros de diesel/ha. Para o milho, a redução no consumo de diesel foi de 33 ml para seis ml por kg de grãos produzidos.

A eficiência na produção de arroz, milho e soja com relação ao consumo de um litro de diesel aumentou de 4,4 a 5,8 vezes entre 1980 e 2010.
 


Conforme Gassen, a evolução da agricultura está diretamente relacionada com a qualificação de pessoas. “A agricultura é um negócio de pessoas, não um negócio de solo, de clima, de sementes. É um negócio de quem tem capacidade para manejar o solo e gerar renda. As pessoas é que fazem a diferença no uso do solo. São elas que conduzem uma lavoura mais eficiente e fazem o plantio direto”.

No Dia Nacional da Conservação do Solo, Gassen destaca que o agricultor que faz uso do sistema de plantio direto, rotação de cultura e adubação verde é um herói, que deve ser reconhecido pela sociedade do ponto de vista de eficiência de produção, e ao mesmo tempo, conservação dos recursos naturais. “É um herói por esforço próprio, por intelecto de ética de valor, percebendo a vantagem econômica e sem nenhuma dúvida, dos benefícios ambientais”.

O Portal Agrolink parabeniza todos, que de alguma forma, trabalham para que o nosso solo seja preservado e produza cada vez mais e melhor.

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