Plantio do feijão supera 91% no Paraná
Clima adverso pressiona produção de feijão
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Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado nesta quinta-feira (6) pelos analistas do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o plantio do feijão da safra de verão superou 91% dos 104 mil hectares estimados para a primeira safra 25/26. O boletim destaca que houve “um recuo de área importante em relação à 1ª safra 24/25 (-38% ante 168 mil ha)”, concentrando a produção no Sul do Paraná, que deve responder por aproximadamente 77% da oferta no período. De acordo com o Deral, essa concentração fez com que a cultura fosse “menos prejudicada que a soja” diante das chuvas intensas do fim de semana, acompanhadas por ventos fortes e granizo, sobretudo no Centro-Oeste e Norte do estado.
Por outro lado, o boletim aponta que “as condições das lavouras de feijão são as piores entre as lavouras acompanhadas semanalmente”, com 1% das áreas classificadas como ruins, 22% como médias e 77% como boas. A piora foi pequena em relação à semana anterior, quando os índices eram de 1%, 19% e 80%, respectivamente. Para o Deral, “o principal motivo para o feijão estar em condições piores que as demais culturas foi a baixa luminosidade registrada ao longo de outubro”, agravada por temperaturas médias baixas e umidade excessiva. O órgão acrescenta que, por ter ciclo curto, o feijoeiro “tem menos tempo para se recuperar de entraves climáticos”, o que deve limitar a produtividade.
O Deral informa ainda que algumas lavouras já atingem maturidade fisiológica e que, “ainda em novembro, devemos ter os primeiros relatos de como o clima prejudicou esses grãos”. A colheita deve se estender até fevereiro de 2026, já que parte das áreas previstas ainda não foi semeada.