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PNDS leva inovação, tecnologia e manejo para a suinocultura do Nordeste

Primeiras consultorias trazem grandes expectativas na melhoria da produção


Primeiras consultorias trazem grandes expectativas na melhoria da produção



Mais de 3.500 quilômetros percorridos para atender 40 granjas de 30 munícipios, num total de mais de 11 mil matrizes. Esse é o primeiro resultado do SUINTEC – Programa de Inovação e Tecnologia Produtiva na Suinocultura, realizado nos estados da Bahia e Ceará, pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) em parceria com Sebrae Nacional. Desenvolvido com o objetivo de somar às ações de produção do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS), as consultorias individualizadas viabilizam aos produtores brasileiros um levantamento completo de rotinas de manejo adotadas nas granjas, seguido de avaliação dos procedimentos atualmente em uso, além de identificação das metas de desempenho e também sobre os protocolos de vacinação e medicação adotados por cada granja. O atendimento ainda inclui avaliação comparativa de resultados de desempenho zootécnico, custos e escala de produção.


“A proposta é expandir esse trabalho para diversos estados com o apoio do Sebrae Nacional no segundo semestre de 2012, por isso foi criado um projeto piloto em 2011 nos estados da Bahia e Ceará tendo em vista a maior necessidade de melhoria de produtividade para aumento da produção dessa região em crescente expansão populacional para consumo”, explica a coordenadora nacional do PNDS, Lívia Machado.

O público prioritário da primeira capacitação foram produtores e granjas suínos dos estados que tinham em média 100 a mil matrizes, o que caracteriza pequenos e médios produtores. A consultoria é divida em três partes, conforme explicação do médico-veterinário e consultor da Integrall Soluções em Produção Animal, Roniê Pinheiro, “nesse primeiro contato identificamos as fragilidades do processo produtivo por meio de um levantamento de caracterização, após isso desenvolvemos uma análise qualitativa sobre os principais pontos que devem ser aprimorados e, num terceiro momento, retornamos para identificar a evolução dos processos de cada granja”, informou o consultor. Aos suinocultores e gerentes de granja são repassadas medidas de retorno imediato, verificado em poucas semanas e outros mais longos, que após alguns meses trarão resultados. “É uma avaliação minuciosa e específica, mas acreditamos que em pouco tempo as granjas participantes do Programa apresentarão resultados satisfatórios para a qualidade da produção e, principalmente, retornos econômicos efetivos”, completou o especialista.

Segundo o médico-veterinário Tiago Xerez, da granja Tangueira e Piroá localizadas na cidade de Maranguape – região metropolitana de Fortaleza, a avaliação desenvolvida pelo Programa trará melhorias expressivas para produção do estado. “É preciso trazer ao suinocultor o que há de mais avançado em técnicas de manejo e ambiência para que a produção possa avançar”, informou Xerez, que reforçou as expectativas de resultados positivos. “Desejamos crescer e produzir cada vez mais suínos de qualidade, mas pra isso precisamos de mais orientação, e ela chegou junto com o Programa de Inovação”, disse.


Com foco em atender a essa demanda, o Projeto tem como objetivos principais viabilizar o desenvolvimento técnico e produtivo das granjas de suínos e fomentar ações destinadas a qualificação e aumento da produção agropecuária tecnificada de suínos. “O setor precisava dessa reciclagem”, comentou o consultor da Integrall Soluções em Produção Animal, Glauber Machado, reforçando que são levados ao conhecimento dos colaboradores informações técnicas altamente atualizadas e sintonizadas com a necessidade técnica dos produtores brasileiros. “Existem diversos problemas crônicos instalados em nossas granjas, os quais demandam uma atualização de conhecimentos e numa abordagem mais prática, mais objetiva. A suinocultura evolui, mas os problemas e desafios também evoluem. Velhos métodos de trabalho técnico muitas vezes não mais resultam em ganhos de eficiência. Daí a necessidade de reciclagens esporádicas”, explica o especialista.

A ênfase na capacitação e geração de conhecimento para o produtor, além da implantação de tecnologias e inovações organizacionais, com a valorização de mercados locais, são “imprescindíveis para elevar a qualidade dos nossos produtos”, comentou o presidente da ABCS, Marcelo Lopes. “Além disso, trabalhamos para uma maior estabilidade econômica da atividade e para levar mais benefícios aos produtores, então, essa oportunidade de assistência técnica gratuita à produção de suínos vem ao encontro dos principais objetivos da entidade”, ressalta o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.

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