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Por que as compras de soja da China devem atrasar?

Safra brasileira tem impacto


Foto: Ivan Bueno/APPA

De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, é bem possível que as compras de soja da China atrasem. Nesse cenário, os analistas da consultoria comentaram dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e também do Centro Nacional de Informações sobre Grãos e Oleosas da China, elencando razões para esse patamar. 

A primeira dessas razões foram as compras chinesas antecipadas recorde até aqui. “De acordo com dados de vendas de exportação do USDA, assumindo que 50% das vendas listadas como "desconhecidas" eventualmente vão para a China, entidades estatais e privadas contrataram um volume de 20,3 milhões de toneladas no início do ano comercial de 2020/21 na primeira semana de setembro. Isso se compara com uma média de três anos de 11,2 milhões de toneladas no início do ano comercial antes do início da guerra comercial e um recorde anterior de 14,2 milhões de tons em 2016”, comentam. 

Além disso, o país asiático conta com enormes estoques. “De acordo com o CNGOIC, apoiado pelo estado, a média de quatro semanas de estoques está acima de 2,3 milhões de toneladas realizadas nos portos. Este é o maior volume em mais de 18 meses, de acordo com os dados e 10% maior que os estoques médios nos três meses que antecederam a guerra comercial”, completam. 

Outro ponto é a cobertura chinesa do 4º trimestre, que está muito alta. “Para o quarto trimestre de 2020, os embarques do Golfo nos EUA estão quase prontos. As últimas estimativas, segundo operadores consultados, sugerem que 90% estão cobertos para outubro, 70% para novembro e 60% para dezembro. Restam apenas 5,5 milhões de toneladas para comprar antes da safra brasileira começar a chegar aos portos em janeiro”, informam. 

A safra brasileira também pode ser um fator. “Uma moeda favorável e a demanda desenfreada por soja significam que os agricultores brasileiros produzirão uma enorme safra de soja este ano que deverá ter um impacto no mercado em janeiro”, concluem. 

 

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