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Preço de hortifruti deve ter redução de 30% no Ceará

A farta produção de hortifrutigranjeiros no Estado deve aliviar bolso do consumidor, segundo afirma analista da Ceasa


O mercado de hortifrutigranjeiros do Estado deverá desfrutar de uma das maiores safras no segundo semestre deste ano. A expectativa é que a farta produção possa aliviar o bolso do consumidor com uma queda média de 30% nos preços de produtos como o tomate, pimentão, batata-doce, pepino, repolho, cenoura, cebola-pêra e o maracujá. A principal zona produtora, a microrregião da Ibiapaba, puxará o resultado. O cenário foi traçado por Odálio Girão, analista de mercado da Ceasa (Centrais de Abastecimento do Ceará S/A).

Segundo Girão, o tomate — principal hortaliça-fruto produzida no Estado — apresentou maior participação tanto em volume como em valor comercializado no primeiro semestre. No período foram vendidos 12.133 toneladas do produto (8.099,7 t, na Ceasa-Fortaleza e 4.032,3 t, em Tianguá), no valor total de R$ 13,3 milhões. A expectativa para o segundo semestre é que sejam comercializados, somente na Ceasa-Tianguá, 4.841,2 toneladas de tomates. ´Em Fortaleza, não há como estimar, pois os produtos comercializados vêm de várias regiões. Fica difícil prever´, explica Girão.

Preços em declínio

´Diante dessa forte produção estadual, os preços tendem a declinar. O oferta do tomate de variedade ´longa vida´ foi o destaque nesta última semana, mas não foi suficiente tornar o item mais barato´, explica o analista de mercado da Ceasa. ´A região da Ibiapaba há 40 anos vem explorando essa cultura durante todo ano, graças a condições propícias de clima, solo e água e à disponibilidade de boas áreas úmidas planas e de encostas´, acrescenta.

De acordo ainda com Girão, diante da boa safra, a produção está sendo escoada também para outros mercados do Nordeste, principalmente para as capitais e interior do Piauí, Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Sergipe. No Ceará, para as cidades de Juazeiro do Norte, Crateús, Tauá, Canindé, Sobral e Iguatu.
Municípios produtores

Quanto às demais hortaliças, as produções estão concentradas em Guaraciaba do Norte, São Benedito, Tianguá, Croatá, Ubajara, Viçosa do Ceará e Ibiapina. O destaque fica por conta da localidade de Carnaubinha, em São Benedito, de onde veio fortes colheitas de tomate, batata-doce e repolho.

´A cebola-pêra é um produto que veio para ficar devido ao crescimento contínuo em sua comercialização´, disse Girão. Nos primeiros seis meses do ano foram vendidos 832,3 toneladas do produto, no valor de venda da ordem de R$ 876,8 mil. A expectativa para o restante do ano é de que sejam produzidas 957,1 toneladas — 15% superior ao volume do primeiro semestre.

O maracujá é outra cultura que tem se destacado no comércio da Ceasa, tanto em Tianguá, como em Fortaleza. No primeiro semestre, foram comercializadas um volume total de 6.241,1 toneladas do produto no valor de R$ R$ 9,13 milhões. A estimativa para a segunda metade do ano é que sejam vendidas 4.518,3 t, apenas na unidade do Interior.

A comercialização da cenoura também foi muito positiva. Nos primeiros seis meses do ano, 5.964,2 t foram vendidas ao custo de R$ 5,8 milhões. Destaque ainda é dado para o repolho, pimentão, batata doce e pepino.

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