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Preço do Kg do ATR continua em queda, etanol reage


Após relativo aumento no preço do Kg do ATR verificados no 2º semestre de 2008, produto continua caindo de preço nesse início de safra. Os preços recebidos pelos produtores de cana-de-açúcar tiveram queda comparada ao mês anterior atingindo R$ 34,18 por tonelada de ATR (Açúcar Total Recuperável), contra os R$ 36,32 referente ao mês de abril, queda de 5,89%.

O maior valor de ATR verificado no mês de maio foi o de ABMI (Açúcar Branco Mercado Interno) com R$ 0,4151/kg ATR, seguindo a tendência do mês anterior. O menor valor calculado foi do EHC (Etanol Hidratado Carburante) com R$ 0,2144/kg ATR, contra os R$ 0,2281 do mês anterior. O ABME (Açúcar Branco Mercado Externo) fechou com ATR de R$ 0,3685/kg, contra os R$ 0,3911 do mês anterior. A maior queda registrada foi no EAE (Etanol Anidro Mercado Externo) passando de R$ 0,2917/kg para R$ 0,2563/kg de ATR. A única alta registrada foi verificada no preço do EAI (Etanol Anidro Mercado Interno) passando de R$ 0,2539/kg para R$ 0,2582/kg ATR.

Os custos de produção de cana-de-açúcar tiveram leve queda (0,9%), seguindo a tendência do mês anterior, decrescidos, principalmente em função da queda do preço dos fertilizantes.

Conforme tem se verificado ao longo dos meses, o produtor ainda continua em grande desvantagem com relação ao preço recebido e os custos de produção. Em média, o fornecedor de cana na região Centro-Sul recebe R$ 41 por tonelada de cana, enquanto que os custos estão girando em torno de R$ 51.
O preço do açúcar tem oscilado um pouco, reflexo da alta produção interna e, principalmente, da variação cambial, enquanto que os preços do etanol têm ganhado força com início da renovação dos estoques pelas distribuidoras, em contrapartida o etanol anidro, misturado à gasolina, começa a ter recuperação depois de sofrer leve queda no mês de abril. As exportações de açúcar, principalmente o AVHP, devem continuar, ainda em função dos déficits de estoque no mercado mundial, principalmente Índia e China. Isso deve acontecer após o termino das filas de carregamento nos portos.Em Goiás, com a redução na alíquota de ICMS do álcool de 26% para 20% , espera-se um maior consumo, e consequentemente, um esvaziamento dos estoques nas distribuidoras e também nas usinas.

O preço do petróleo no mercado internacional continua em ascensão. O preço que chegou a bater os US$ 34 o barril, chegou ao início da semana do mês de junho a US$ 70, continuando a assustar os usineiros. Nota-se que o governo federal continua a segurar o preço da gasolina, ao mesmo tempo em que há uma pressão muito grande para que se baixe o preço do óleo diesel. É certo que baixando o preço do diesel, dificilmente não haverá queda no preço da gasolina.

Confira tabela de dados no link:
http://www.faeg.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2575&Itemid=114

A análise de mercado de cana-de-açúcar e derivados é realizada mensalmente pela Gerência de Estudos Técnicos e Econômicos da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG).

Gerente de Estudos Técnicos e Econômicos: Edson Alves Novaes

Responsável técnico: Alexandro Alves dos Santos

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