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Preço dos ovos sobe 70% com a alta no milho


Em função do aumento nos custos de produção da atividade do Estado chegou a faltar produto em alguns estabelecimentos de Campo Grande.

O ovo, que ultimamente vinha substituindo a carne bovina e de aves como fonte de proteínas na mesa do consumidor, com a vantagem de ter preço bem mais acessível, registrou aumento de 70% de outubro até agora. O motivo foi a quebra na produção de milho, que trouxe reflexos negativos desde o ano passado com a consequente disparada no preço da matéria-prima, que também é a base da ração que é ministrada às aves poedeiras nos aviários.

A caixa de ovos com 30 dúzias que custava R$ 30, em outubro, saltou para até R$ 54 atualmente, segundo informações do diretor da Cooperativa Agrícola Mista de Várzea Alegre (Camva), Antônio Kikuo Kurose. A cooperativa, que possui entreposto em Mato Grosso do Sul, praticamente abastece o mercado local produzindo 31.500 dúzias de ovos por mês, na região de Terenos. No município, mais precisamente na Colônia Jamic, a Camva conta com 28 cooperados e 2 produtores independentes, que garantem o abastecimento de ovos também para entrepostos da cooperativa em Mato Grosso, nas cidades de Várzea Alegre, Cuiabá e Rondonópolis.

Mais altas

As altas nos preços dos ovos já vêm sendo gradativamente repassadas ao consumidor desde o ano passado. A dúzia que saía por até menos de R$ 1,50 agora é encontrada variando de R$ 2 a R$ 2,50 dependendo do tamanho e tipo de produto. E a expectativa do diretor da Camva é de que o ovo vá subir ainda mais nos próximos dias. “Com o aumento nos custos do milho registrados desde o ano passado, houve uma redução no alojamento de pintinhos. Além disso, em função da alta do dólar, o farelo de soja que entra na composição também foi reajustado”, frisa Kurose, lembrando que os produtores pagavam algo em torno de R$ 400 por tonelada de farelo e, atualmente, têm que desembolsar até R$ 700 pela tonelada.

Escassez

Kurose citou ainda que por conta da redução no alojamento de pintinhos em dezembro, em função da alta do milho e aumento nos preços de medicamentos, houve queda na produção de ovos no Estado. O reflexo disso é que em alguns supermercados e sacolões chegou a ocorrer a falta do produto esta semana. “Com o menor volume de alojamentos o produtor não conseguiu repor sua produção, já que um pintinho leva 150 dias para estar produzindo”, enfatizou Kurose, lembrando que este quadro poderá durar mais alguns meses.

O calor excessivo registrado no ano passado também é apontado pelo diretor da Camva como redutor da produção. “Devido ao calor tivemos muita mortandade de galinhas no ano passado”, frisou.

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