Produção de oliva avança, mas clima limita safra
Emater alerta para estresse hídrico em oliveiras no RS
Foto: Pixabay
O Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (6) indica que os pomares de oliveira da região administrativa de Bagé — que inclui Bagé, Hulha Negra, Candiota e Aceguá — avançam para a fase final de polinização, com pegamento de frutos em andamento. Técnicos relatam que “o baixo acumulado pluviométrico durante o mês de outubro” resultou em estresse hídrico, afetando o desenvolvimento das plantas e provocando “abortamento de frutos”.
Segundo o boletim, ventos constantes e a falta de manejo adequado por parte de alguns produtores contribuíram para episódios de deriva de herbicidas hormonais. Há registro de que “amostras de tecido vegetal foram enviadas para laboratório com o objetivo de comprovar a contaminação”. A Emater/RS-Ascar também identificou casos de antracnose em variedades mais suscetíveis, o que levou à adoção de protocolos de aplicação de defensivos para evitar o avanço das doenças.
O ciclo do azevém estabelecido nas entrelinhas dos pomares chegou ao fim, permitindo a ressemeadura natural. Os produtores realizam o manejo com roçadeira. Apesar dos desafios climáticos e fitossanitários, o informativo aponta que “as expectativas de produtividade dos olivais da região ainda são positivas”. No entanto, o órgão considera improvável que os resultados da próxima safra superem os da Safra 2023, devido à incidência de doenças no inverno e na primavera e ao abortamento recente de frutos.
Na região de Pelotas, os pomares estão em fase final de floração. A Emater/RS-Ascar indica que a frutificação e a formação da polpa seguem com boas perspectivas de produção.