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Produção de soja deve cair, mas milho pode se recuperar

"As chuvas não tiveram um padrão regular"


A revisão de fevereiro da INTL FCStone, que leva em consideração as expectativas para o agronegócio brasileiro, indicou que o Brasil produzirá menos soja nesta safra 2018/2019, mas a safrinha de milho ainda pode ser recuperada. É esperado um novo recuo na produção da oleaginosa, para 112,2 milhões de toneladas, volume que representaria queda de 5,9% em relação a 2017/18. 

“Após as primeiras semanas de dezembro bastante secas, o que já tinha motivado cortes, o clima no mês de janeiro também mostrou um padrão mais quente e seco em boa parte do Brasil, com destaque para a região mais central. As chuvas não tiveram um padrão regular, com o registro de muitos dias seguidos sem precipitações”, registrou o grupo, em relatório. 

De acordo com a analista de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi, o clima registrado durante a safra brasileira foi o responsável pelo acarretamento de perdas na produção da oleaginosa. Além disso, ela informou também que o cenário de baixa disponibilidade acaba puxando as exportações para baixo, de 72 para 68 milhões de toneladas. 

“Não fizemos ajustes no consumo interno, que deve ser favorecido pelo provável aumento da mistura de biodiesel no diesel para 11%. Assim, diante de uma oferta mais restrita, os estoques de soja devem terminar o ano safra 2018/19, mais uma vez, abaixo de 1 milhão de toneladas”, avalia. 

No caso do milho, a estimativa previu um aumento de 1,3% em relação à safra 2017/2018. “Esse aumento foi motivado pela revisão da produtividade do Rio Grande do Sul, atualmente o maior produtor de milho no verão, que foi aumentada para 7,32 toneladas por hectare”, conclui. 

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