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Produção e demanda de químicos crescem em julho

As vendas internas cresceram 22,69%


Foto: inpEV

A produção de químicos de uso industrial teve a segunda alta em dois meses e subiu 15,21% em julho, em comparação com junho, de acordo com informações do Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC) da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Na ocasião, o índice já tinha subido 11,26% na comparação com o mês anterior. 

De acordo com o RAC, as vendas internas cresceram 22,69% e somado aos crescimentos alcançados em junho, 19,53% e em maio, 16,02%, o índice de vendas internas acumulou aumento de 70,1% nos últimos três meses em comparação com abril. Já o consumo aparente nacional (CAN), que mede o resultado da soma da produção mais importação excetuando-se as exportações, cresceu 16,9% em julho, na comparação com o mês anterior. 

Esta recente recuperação traz alívio ao setor e sinaliza que o ‘fundo do poço’ parece realmente ter sido alcançado em abril e maio e o momento agora é de recuperação das perdas, se não houver uma segunda onda da pandemia”, avalia a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira. 

No entanto, ela ressalta que “apesar da retomada mais recente, no acumulado do ano ainda não foi possível inverter a trajetória negativa”. Isso porque, de janeiro a julho de 2020, sobre igual período do ano anterior, a produção recuou 5,89%, as vendas internas caíram 8,62% e a taxa de utilização da capacidade instalada ficou em 70%, mantendo nível baixo para o padrão de operação da indústria química. 

“Para mudar essa situação é fundamental que o projeto de lei (PL) 6.407/2013, PL do Gás, seja aprovado no Congresso Nacional o mais breve possível, dando sinais positivos para os investidores inserirem o Brasil como atrativo para receber novas plantas e melhorar a competitividade da indústria nacional, que poderá ter acesso a matéria-prima e energia a preços similares aos praticados nos Estados Unidos e Europa. As vendas internas melhoraram, mas o produto importado tem ganhado espaço no mercado local e nos últimos anos, alguns importantes produtos químicos deixaram de ser produzidos no País, como metanol, isocianatos, dentre outros, apenas para ficar naqueles cuja matéria-prima principal é o gás natural. Como consequência perdemos valor agregado, impostos, empregos de qualidade, ou seja, o País ficou mais pobre”, completa. 

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