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Produção mato-grossense seguirá em alta nos próximos anos

No país, até 2020, a taxa de crescimento ao ano será de 22%; em MT, especialista estima expansão maior


Produção de carne bovina por Mato Grosso irá crescer acima da média brasileira de 22% ao ano, até 2020. Projeção foi feita pelo consultor da Roppa Consultoria, Luciano Roppa, nesta quartafeira (13) durante abertura do Circuito Feicorte, em Cuiabá. Todavia, ele não fez uma estimativa de quanto a mais seria essa expansão no Estado. Cenário é favorecido pela alta na demanda mundial, em especial no continente asiático. Diagnóstico realizado pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), mostra que nos últimos 3 anos a produtividade da pecuária mato-grossense aumentou 16,38%. 

Atualmente a taxa de lotação é de 1,17 animal por hectare, enquanto em 2008 a média era de 1,01 animal. Em 16 anos, a produtividade cresceu 62,5%, já que em 1996 a ocupação era de 0,72 animal/ha. Economista e consultor técnico da Acrimat, Amado de Oliveira, concorda que a produtividade continuará crescente e acredita que em menos de 10 anos ela possa dobrar no Estado. Para que esse processo se confirme sem incluir a expansão sobre novas áreas será preciso melhorar as pastagens e aumentar a rotatividade do rebanho na propriedade, encaminhando-os mais cedo ao abate. Roppa acrescenta que é possível fazer a integração da pecuária com a lavoura e assim ir colocando mais animais por pastagem. Pecuarista Primo Menegalli diz que investe na engorda de 10 mil animais em Mato Grosso, intercalando a utilização de pastagem, confinamento e semiconfinamento em 3 fazendas no município de Barra do Bugres. “Quando entrei para a atividade pecuária, investia na cria, mas mudei. Minha meta é aumentar para 15 mil bois”. Diz que desde 2012 o custo está maior, tanto a nutrição quanto o preço dos animais. 

Proprietário da Fazenda Batuque, Flávio Teodoro Martins, mantém um efetivo bovino de 5 mil animais e relata que aumentou a taxa de lotação na propriedade melhorando as pastagens com a correção do solo. “Hoje inclusive tem linha de crédito específica para recuperar as áreas degradadas”. Mas, acrescenta, essas linhas de financiamento deveriam considerar as especificidades da pecuária. “É uma atividade de ciclo longo, se formos pensar em todo o processo de cria, recria e engorda, e por isso os prazos de carência e pagamento deveriam ser diferenciados da agricultura.”

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