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Produtor muda matriz produtiva e investe em hortigranjeiros

Entre as opções da mudança da matriz produtiva estão os hortifrutigranjeiros


O tabaco, por enquanto, ainda é a cultura que proporciona o melhor rendimento aos produtores numa pequena área de terras. Mesmo assim, ano após ano, vai reduzindo o número de famílias que investem na cultura, onde algumas param de produzir e investem em outras atividades, como hortigranjeiros, agroindústrias e criações, por exemplo. Outras ainda, param por completo, ou, consorciam com alguma outra atividade ou culturas.

Entre as opções da mudança da matriz produtiva estão os hortifrutigranjeiros. 'Porém, antes de iniciar nesta atividade, o fundamental é o produtor primeiro buscar o mercado para comercializar a sua produção', orienta o chefe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar Vicente João Fin. Ele acentua que as olerícolas permitem a mudança da matriz produtiva numa pequena área de terras. Fin frisa ainda que as hortaliças hoje, são as únicas que têm condições de competir com o tabaco se a produção for bem planejada, o que permite ao produtor ter a entrada de dinheiro ao longo do ano, e com isso, também tem a oportunidade de introduzir diferentes variedades nas mais diversas épocas.

Família

A produção de hortigranjeiros sempre fez parte da história e da vida de Vera Borba, moradora de Vila Arlindo, desde a época em que ainda era solteira e residia em Linha João Alves, interior de Santa Cruz. Porém, depois que se casou com Arthur e veio residir na Vila Arlindo, por diversos anos, esta atividade foi deixada e junto com o esposo e com o filho Mateus, investiu no tabaco. Há dez anos, a família retomou a produção de olerícolas e começou a consorciá-la com tabaco e há oito anos, produz somente hortigranjeiros.

Ao falar da mudança, Mateus conta que as olerícolas, ao mesmo em que exigem serviço o ano todo, também garantem renda o ano inteiro e de maneira bem mais rápida. Hoje, a família tem a produtividade bem diversificada e, como não produz em grande quantidade, não tem problemas com excesso de produção e o que produz, tem venda garantida. 'Quando há uma sobra, faço um preço diferenciado para os clientes e assim praticamente não há perdas', observa.

Segundo Mateus, a diferença em produzir tabaco e olerícolas está principalmente no comportamento do clima, não redução da mão de obra e o não uso de defensivos agrícolas. 'O risco é bem inferior se comparado ao tabaco, que é plantado entre junho e setembro, e enquanto ainda for pequeno, não tem problema. O pior é quando está na fase de colheita e se ocorre um sinistro, pode destruir tudo o que foi planejado para o ano', obversa.
A produção de olericolas é semi-orgânica, ou seja, não usa defensivos agrícolas e pouco adubo químico, pois a adubação é basicamente orgânica. 'Uso somente os produtos recomendados pelos técnicos da Emater. Com isso, quem ganha somos nós e o solo, pois não prejudicamos a nossa saúde', salienta Mateus. Ele acrescenta que toda a mão de obra é familiar, exercitada por ele, pela esposa Sabrine e pelos pais Arthur e Vera. 'A não contratação da mão de obra de diaristas também baixa o nosso custo de produção.'

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