CI

Produtores de Chapada (RS) controlam doenças no cítrico

O cancro cítrico e a pinta preta já começaram a ser tratadas nos pomares


As doenças se apresentam como mais um desestímulo ao citricultor que vem trabalhando no limite financeiro. Há 20 anos a produção ganhou destaque no município como uma fonte alternativa de renda. Os problemas com a falta de mão de obra, preços baixos e as doenças levaram produtores a desistirem do negócio dentro das propriedades rurais, principalmente as pequenas


O surgimento, ainda, no ano passado, de doenças nos pomares de cítricos é mais uma preocupação para os produtores de frutas do município de Chapada. O cancro cítrico e a pinta preta já começaram a ser tratadas nos pomares de laranjas da variedade valência e de umbigo. O controle das doenças, com aplicação de produtos químicos ou naturais, acaba elevando o custo de produção.

De acordo com o técnico agrícola da Emater-RS no município, Adilson Wagner, as doenças se apresentam como mais um desestímulo ao citricultor que vem trabalhando no limite financeiro. Há 20 anos a produção ganhou destaque no município como uma fonte alternativa de renda. Os problemas com a falta de mão de obra, preços baixos e as doenças levaram produtores a desistirem do negócio dentro das propriedades rurais, principalmente as pequenas. Como a safra deste ano começa a ser retirada dos pomares em pouco mais de dois meses, os citricultores aceleram os serviços de controle das doenças.

“Os pomares estão se apresentando mais uma vez com excelente potencial de produtividade. Esperamos que não haja problema mais grave, que acabe atrapalhando as estimativas de produção dos citricultores”, disse o técnico agrícola.

Ele reconhece que as dificuldades acabam, anualmente, influenciado na desistência de produtores, ou no mínimo em uma redução na quantidade das árvores dos pomares de laranja. Segundo Wagner, existem situações onde o citricultor não está mais renovando os pomares, que depois de um período de 20 anos produzindo precisam ser substituídos por novas plantas.


Uma das projeções aponta para uma produtividade até acima das 40 toneladas de laranjas valência por hectare e cerca de 25 toneladas as de umbigo. O técnico lembra a importância do clima para os pomares que também formarão novas florações para a safra do ano que vem.

Quando se fala em preço médio, os produtores lamentam a falta de valorização da fruta. Na última safra, a maioria dos citricultores vendeu a produção recebendo de R$ 0,08 a R$ 0,12 o quilo da fruta. Eles reivindicam um valor mínimo de R$ 0,30 o quilo da laranja valência. Mantido o preço da safra passada, os citricultores garantem que terão prejuízos o que deverá levar eles a reduzirem ainda mais os pomares. De 25 hectares, hoje, a estimativa da Emater-RS é que existem apenas 15 hectares produzindo laranja no município, que chegou a investir em uma câmara fria para armazenar a produção de frutas.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.