É cada vez mais preocupante a situação dos produtores de grãos no Sul. A safra de milho, que tinha uma previsão de ser uma das melhores, deverá ter uma queda de 40% na região, pois a falta de água pegou a lavoura bem no período de formação das espigas. A safrinha, que os agricultores plantam após a colheita de fumo de janeiro, deve ter perda total. Com a seca as sementes não chegaram a nascer e as plantações que haviam vigorado secaram com o forte calor. Os agricultores que plantaram o milho mais tardiamente tiveram perda total, é o caso agricultor Pedro Topanotti, que teve todo o milharal prejudicado.
Os problemas são grandes em Forquilhinha, Maracajá e Nova Veneza, onde as lavouras de milho ficaram totalmente comprometidas. Segundo os plantadores, se não ocorrer chuvas dentro de 48 horas, a situação ficará caótica e todos irão recorrer às secretarias de agriculturas para pedir ajuda e tentar recuperar os prejuízos.
Arroz
Outra cultura que começa a ficar ameaçada em ter grandes perdas é a do arroz. A vazão dos rios da região caiu 70%, o que provocou o fechamento das comportas que levam água para as canchas de arroz. Um dos problemas que agravam ainda mais a situação é a sanilização da água que prejudica a lavoura. Os técnicos da Epagri avaliam que se não houver chuva nas próximas horas poderá haver uma queda na colheita de até 50%.