Se não bastassem as perdas provocadas pelo excesso de chuvas, alguns produtores de Nova Mutum, no Mato Grosso, tiveram perdas também com a ferrugem. Embora os produtores já estivessem preparados para o ataque da doença, que este ano chegou mais cedo que o previsto, muitos ainda tiveram problemas nas plantações.
Segundo a Secretaria de Agricultura, que fez um acompanhamento de perto da situação, as perdas foram insignificantes e não respondem quase nada pelos prejuízos. “Foram apenas alguns pequenos produtores, menos orientados, que tiveram pelo menos a metade de suas plantações perdidas por causa da ferrugem”, disse o coordenador do Meio Ambiente, Francisco de Moraes Filho. A teimosia, segundo ele, foi a principal causa do prejuízo. “Estes produtores achavam que a ferrugem não é um bicho de sete cabeças e não fizeram o controle, aplicação de fungicidas como deveria ser feito, então, por isso tiveram perdas. Foi pura teimosia mesmo”, ressaltou.
De acordo com ele, a maioria dos produtores de Nova Mutum fez o controle da doença como deveria ser feito e muito mais atentos, pois foram bem informados dos perigos e se armaram, literalmente, para combatê-la. “Os produtores não pouparam em fungicidas, fizeram um monitoramento rigoroso, pois isso deve ser feito constantemente e sempre que necessário aplicam o fungicida para evitar o ataque da doença que é muito prejudicial e está instalada na região”, ressaltou.
No ano passado a ferrugem trouxe um prejuízo de 15% aos produtores em Nova Mutum. Índices que devem ser os mesmos este ano mas devido às chuvas. O município que plantou 350 mil hectares e previa uma colheita de 52 sacas por hectare, ou seja, cerca de 1,1 milhão de toneladas, agora deve alcançar uma produtividade de 48 sacas por hectare em média. O que deve render uma produção de cerca de 1 milhão de toneladas.