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Programa de qualidade do couro será lançado quarta-feira


O Brasil perde hoje aproximadamente US$ 1 bilhão por ano por causa da baixa qualidade do couro produzido no País. Para tentar reverter este quadro e, consequentemente, melhorar a matéria-prima do produto brasileiro, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sergio Amaral, lançará nesta quarta-feira (18), em Goiânia (GO), o Programa de Agregação de Valor ao Couro.

Esse programa pretende tornar o Brasil um dos maiores fornecedores internacionais de couro acabado, de qualidade, uma vez que o rebanho brasileiro é 165 milhões de cabeças de gado bovino. Além disso, o país tem condições de aproveitar o couro para confecções, móveis, estofamentos de automóveis e calçados. Todos produtos com maior valor agregado. Desta forma, espera-se o aumento das exportações de produtos acabados e a queda nas vendas externas de produtos na sua forma primária. Para se ter uma idéia, 85% do couro norte-americano é de alta qualidade, enquanto apenas 8% do couro brasileiro tem esse padrão.

O Brasil ainda é um grande exportador do couro em bruto. O couro wet blue, por exemplo, mantém a liderança absoluta na pauta de exportações do segmento no país. No mercado internacional, o wet blue vale US$ 15,67 por unidade, enquanto o couro acabado chega a US$ 91,19 por unidade. Este valor equivale a, aproximadamente, 600% a mais do que o couro salgado, etapa mais simples do produto. Na ocasião, Sergio Amaral também assinará um convênio, no valor de R$ 1,5 milhão, com o Governo do Estado de Goiás, que prevê o repasse de recursos do Ministério ao Estado para projetos de aumento de competitividade das empresas da região.

O convênio prevê ainda estudos para identificar oportunidades de atração de indústrias de alta tecnologia e com grande potencial de substituição de importação para o Estado. O trabalho deve enfocar as cadeias produtivas têxtil e confecções, couro e calçados e farmacêutica. Minas Gerais foi o primeiro estado a firmar este convênio com aplicação direta de verbas do MDIC. São Paulo e Ceará serão os próximos beneficiados.

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