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Programa quer triplicar assistência técnica

Ministra destaca que meta principal é “diminuir as desigualdades"


Foto: Pixabay

Acompanhada de um time de especialistas do agro e representantes de empresas do setor, a ministra da Agricultura Tereza Cristina lançou na tarde desta quinta-feira (8) o programa Ater Digital. O nome deriva da reunião das Ematers e quer ampliar a assistência técnica e extensão rural no campo de forma remota.

A iniciativa visa fortalecer o sistema promovendo a utilização de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) nas atividades de empresas públicas e privadas, buscando ampliar o acesso dos produtores rurais a serviços mais modernos e eficientes. “Queremos melhorar a vida dos que precisam e diminuir as desigualdades na agricultura. Temos muitos com muita tecnologia mas temos muitos, também, que não tem acesso e precisam de nosso apoio”, destacou a ministra.

Segundo o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo, Fernando Schwanke o Brasil tem cerca de 4 milhões de estabelecimentos de agricultura familiar e somente 1 em cada 5 tem acesso à assistência técnica (menos de 20%), principalmente por custo e logística. O menor índice está no Nordeste com 7% de atendimento e a maior no Sul, com 49%. “Esse programa pode potencializar muito a assistência técnica e fazer crescer esse número de atendimentos”, explica.

Entre os objetivos estão o de garantir agilidade no atendimento aos produtores rurais, acesso mais rápido aos conhecimentos tecnológicos e inovadores sobre produção agrícola, apoio à integração entre as ações de pesquisa com a extensão rural e assistência técnica, como também incentivo à produtividade e competividade da agricultura brasileira. Também prevê capacitação de extensionistas

Serão destinados R$ 40 milhões. A meta até 2030 é atingir 50% dos agricultores atendidos pelo Ater. Houve um chamamento para as empresas públicas elaborarem projetos e está na fase de estudo de metodologia de serviços. “Vamos ver o que todos estão fazendo e aproveitar a troca de ideias. O programa já saiu do chão. O próximo passo é a realização de um seminário on-line em 18 de novembro para debater as competências e tentar alavancar ”, ressaltou o diretor de Desenvolvimento Comunitário, Pedro Arraes.

Já foram encaminhas 27 propostas pelas Ematers relacionadas à modernização da infraestrutura de TI, desenvolvimento de sistemas e aplicativos e capacitação de extensionistas. Neste projeto já estão empenhados R$ 23,5 milhões ainda neste ano. Outras quatro propostas de Ater remota já tem R$ 1 milhão empenhado neste ano e R$ 525 mil em 2021. “Com isso as empresas públicas poderão investir em suas estruturas e capacitações”, comenta Schwanke.

O estudo piloto será desenvolvido no Semiárido brasileiro, na cadeia de caprinos e ovinos, milho e feijão, onde será validada a metodologia de assistência técnica remota com 100 mil produtores. 

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