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Projeto investe no melhoramento genético do amendoim forrageiro

Estudos enfatizam aspectos como resistência a doença


Pesquisadores da Amazônia e outras regiões brasileiras buscam alternativas para melhorar a capacidade produtiva e de adaptação a diferentes condições de clima e solo, de uma das principais leguminosa utilizadas no consórcio com pastagens no País. O trabalho em rede faz parte do projeto "Desenvolvimento de cultivares de amendoim forrageiro para uso em sistemas sustentáveis de produção pecuária", desenvolvido pela Embrapa e visa tornar o uso dessa planta, recomendada para o consórcio com gramíneas, mais acessível ao produtor rural e contribuir para intensificar a produção de carne e leite a pasto nos diferentes biomas.

Entre 2011 e 2015 a equipe do projeto trabalhou na avaliação de plantas (acessos) coletadas livremente na natureza. Os estudos realizados no Acre, Rondônia, Pará, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal confirmaram que o amendoim forrageiro pode ser cultivado tanto em regiões quentes e úmidas como em localidades mais frias, com níveis variados de precipitação e em solos bem drenados ou encharcados.

A segunda fase das pesquisas, iniciada no final do ano passado, tem como foco a continuidade das ações para lançamento de cultivares propagadas por mudas e por sementes, além da obtenção de híbridos com características genéticas que atendam a demandas diversas da atividade pecuária. Os estudos enfatizam aspectos como resistência a doenças, tolerância ao alagamento do solo e à seca, além da capacidade de persistência e compatibilidade da leguminosa em consórcio com gramíneas.

De acordo com a pesquisadora da Embrapa Acre, Giselle Lessa, líder do projeto, a meta principal é obter linhagens de amendoim forrageiro, ou seja, plantas com características genéticas que praticamente não sofrem alterações no processo de reprodução da espécie. "Embora duas novas cultivares já estejam em fase de finalização, o melhoramento genético dessa leguminosa é um trabalho de longo prazo".

Executado no âmbito do Programa de Melhoramento Genético da espécie, coordenado pela Embrapa Acre, o projeto tem a participação da Embrapa Rondônia, Amazônia Ocidental, Amazônia Oriental, Cerrados, Gado de Corte, Gado de Leite, Pecuária Sudeste, Pecuária Sul e Clima Temperado. A Associação para Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras (Unipasto), entidade formada por 31 empresas produtoras de sementes, também é parceira nas pesquisas. 

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