PTEC esclarece
A nebulosidade e as chuvas que atuam sobre boa parte da Região Sudeste são provocadas por um episódio de ZCAS e não por uma frente fria
O Grupo de Previsão de Tempo (GPT) do CPTEC vem esclarecer que a nebulosidade e as chuvas que atuam sobre boa parte da Região Sudeste são provocadas por um episódio de ZCAS e não por uma frente fria como vem sendo divulgado por algumas instituições e meios de comunicação. As frentes frias são superfícies que separam massas de ar com características diferentes, de temperatura e umidade. Atrás da frente fria o ar é mais frio e relativamente mais seco, enquanto que na frente deste sistema as temperaturas e a umidade do ar são significativamente mais elevadas. Estes sistemas meteorológicos são mais frequentes entre os meses de maio e setembro, período onde as mudanças de tempo são mais significativas. Durante o verão as frentes frias apresentam trajetórias oceânicas e ocasionalmente atingem a costa da Região Sudeste e, raramente, podem avançar pelo interior das Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte do Brasil.
Neste mesmo período (verão) é muito comum observar esses canais de umidade (ZCAS) que se estendem desde a região amazônica até o oceano Atlântico, provocando abundante chuva e nebulosidade. Desta maneira, as temperaturas sofrem declínio e ficam mais amenas (menor radiação solar devido à alta nebulosidade), porém esta característica não deve ser confundida com a presença de uma frente fria. A situação atual é mais um exemplo de que estamos sob efeito de uma Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) e NÃO DE UMA FRENTE FRIA.
OBS: Na análise da carta sinótica de superfície das 00Z desta quarta-feira (18-01), observa-se que a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) enfraqueceu em relação a análise anterior devido ao enfraquecimento do cavado (sistema de baixa pressão nos níveis mais altos da atmosfera) na troposfera média que dá suporte dinâmico a este sistema. Porém, ainda há a organização de um canal de umidade, a Zona de Convergência de Umidade (ZCOU), que atua desde o oeste do AM ao leste de SP e Atlântico Adjacente.
O GPT fica a disposição pra eventuais dúvidas.
Atenciosamente,
Neste mesmo período (verão) é muito comum observar esses canais de umidade (ZCAS) que se estendem desde a região amazônica até o oceano Atlântico, provocando abundante chuva e nebulosidade. Desta maneira, as temperaturas sofrem declínio e ficam mais amenas (menor radiação solar devido à alta nebulosidade), porém esta característica não deve ser confundida com a presença de uma frente fria. A situação atual é mais um exemplo de que estamos sob efeito de uma Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) e NÃO DE UMA FRENTE FRIA.
OBS: Na análise da carta sinótica de superfície das 00Z desta quarta-feira (18-01), observa-se que a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) enfraqueceu em relação a análise anterior devido ao enfraquecimento do cavado (sistema de baixa pressão nos níveis mais altos da atmosfera) na troposfera média que dá suporte dinâmico a este sistema. Porém, ainda há a organização de um canal de umidade, a Zona de Convergência de Umidade (ZCOU), que atua desde o oeste do AM ao leste de SP e Atlântico Adjacente.
O GPT fica a disposição pra eventuais dúvidas.
Atenciosamente,
