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Putin pede que EUA interrompam ataques "imediatamente"


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu hoje (20-03) que os EUA interrompam imediatamente os ataques contra o Iraque, em seu primeiro pronunciamento contra a ação norte-americana ao país de Saddam Hussein. "Uma ação militar não pode de forma alguma ser justificável. A ação militar é um grande erro político. A Rússia quer o fim imediato da ação militar [contra o Iraque]", disse.

Horas antes, o governo russo havia dito "lamentar que a crise iraquiana seja resolvida pela força militar, sem uma decisão do Conselho de Segurança (CS) da ONU'. A declaração foi feita pelo o primeiro-ministro russo, Mikhail Kassianov. "A liderança russa lamenta que a crise do Iraque esteja sendo resolvida por meios militares, sem uma decisão do CS da ONU."

Início da guerra

O ataque dos EUA a Bagdá começou às 0h36 (horário de Brasília), cerca de uma hora e meia após terminar o ultimato dado por Bush. Aviões de guerra "invisíveis", os F-117, bombardeiros B-52, e mísseis foram lançados de navios na região do golfo. O Iraque revidou, disparando cinco mísseis Scud contra o território kuaitiano, um deles interceptado por um antimíssil Patriot instalado pelas forças norte-americanas na região, anunciou a televisão estatal kuaitiana.

A televisão mostrou os destroços de um Scud que militares americanos estavam examinando. Um porta-voz do Ministério da Defesa kuaitiano, o coronel Yussef al Mussa, afirmou que os disparos iraquianos não deixaram vítimas. "Não houve perdas humanas", disse. A capital Al Kuait não foi atingida por qualquer míssil iraquiano, apesar de as explosões no deserto do país terem sido ouvidas na cidade, apavorando moradores, disse uma autoridade da segurança kuaitiana.

Segundo os EUA, 40 bombas foram lançadas sobre o território iraquiano nos primeiros três ataques ao país. De acordo com o governo iraquiano, um civil morreu e várias pessoas ficaram feridas.

Mais ataques

O secretário da Defesa do Reino Unido, Geoff Hoon, disse hoje que as forças britânicas no golfo Pérsico estão em estado de alerta "muito, muito elevado" e que não deverá demorar para um ataque mais amplo contra o Iraque. "Há total franqueza e cooperação entre os países envolvidos nas etapas preliminares da operação militar", disse Hoon em uma entrevista à televisão britânica. "Está claro que vocês não deverão esperar muito [para um ataque mais amplo contra o Iraque]".

Repercussão

No primeiro pronunciamento oficial depois do início da guerra, o presidente da França, Jacques Chirac, disse que seu governo lamenta o ataque dos EUA contra o Iraque e que espera que o conflito seja rápido e cause o menor número de vítimas possível. Leia mais sobre a repercussão do início dos ataques.

"Nós esperamos que esta operação seja rápida, termine o mais rápido possível, cause o menor número de vítimas e não cause uma catástrofe humanitária", disse Chirac em pronunciamento transmitido pela TV francesa.

Turquia

O presidente da Turquia, Ahmet Necdet Sezer, questionou hoje a legitimidade do que classificou como uma ação unilateral dos Estados Unidos contra o Iraque.

"O processo no Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o Iraque deveria ter sido concluído. Não acho correto que os EUA se comportem unilateralmente antes de o processo ter terminado", disse a repórteres Sezer.

Seus comentários acontecem antes de uma votação no Parlamento ainda hoje sobre uma resolução que autorizaria aviões dos EUA a usarem o espaço aéreo turco para ataques.

Crise

Os Estados Unidos e o Reino Unido acusam o Iraque de ter um arsenal de armas químicas e biológicas que vai contra as determinações da ONU, e de estar construindo instalações para fabricar mais armamentos. Ademais, Saddam é acusado pelos dois países de ter fortes relações com grupos terroristas que são capazes de utilizar "armas de destruição em massa". Bagdá nega as acusações.

Nesta semana, Bagdá admitiu pela primeira vez ter possuído armas de destruição em massa, mas afirmou já ter destruído tal arsenal.

No primeiro pronunciamento oficial depois do início da guerra, o presidente da França, Jacques Chirac, disse que seu governo lamenta o ataque dos EUA contra o Iraque e que espera que o conflito seja rápido e cause o menor número de vítimas possível.

Os EUA, depois de meses de debate com a comunidade internacional e após abandonar a tentativa de votação pelo Conselho de Segurança (CS) da ONU para conseguir um aval para o ataque, deu início ontem, às 23h35 (horário de Brasília), a sua ação militar contra o país de Saddam Hussein.

Os Estados Unidos e o Reino Unido acusam o Iraque de ter um arsenal de armas químicas e biológicas que vai contra as determinações da ONU, e de estar construindo instalações para fabricar mais armamentos. Ademais, Saddam é acusado pelos dois países de ter fortes relações com grupos terroristas que são capazes de utilizar "armas de destruição em massa". Bagdá nega as acusações.

Nesta semana, Bagdá admitiu pela primeira vez ter possuído armas de destruição em massa, mas afirmou já ter destruído tal arsenal.

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