Quais os riscos do uso de semente sem procedência?
“Nas sementes sem origem, essa tecnologia é perdida ou diluída"
“Nas sementes sem origem, essa tecnologia é perdida ou diluída" - Foto: Divulgação
O início da safra ocorre sob incertezas climáticas, o que reforça a necessidade de previsibilidade no estabelecimento da lavoura. A semente certificada surge como decisão estratégica ao reunir identidade, rastreabilidade e conhecimento aplicado para garantir emergência uniforme e saudável.
Ela concentra anos de pesquisa para elevar o potencial produtivo, reduzir riscos e ampliar a adaptação ao clima. Especialistas destacam que, quando não há origem definida, essa tecnologia se perde, aumentando gastos e abrindo espaço para contaminações capazes de comprometer toda a área.
Estimativas apresentadas no Seed Congress of the Americas 2026 indicam prejuízos anuais de até 10 bilhões de reais ligados ao uso de sementes sem procedência. Para assegurar desempenho, o lote passa por processos de qualidade que envolvem testes de germinação, vigor e envelhecimento acelerado, realizados da pré-colheita à expedição. A supervisão técnica explica que a germinação revela o potencial máximo da semente em condições ideais, enquanto o vigor mede sua capacidade de enfrentar estresses como calor, umidade e profundidade de semeadura, com apoio de avaliações fisiológicas e bioquímicas.
Estudo científico mostra que sementes de soja de alto vigor podem elevar a produtividade entre 10% e 15%. Para especialistas, esse conjunto de avaliações oferece segurança ao agricultor na fase inicial da safra e reforça a certificação como aliada direta do retorno econômico. “Nas sementes sem origem, essa tecnologia é perdida ou diluída, forçando o produtor a gastar mais com produtos fitossanitários para compensar, além de serem uma porta de entrada para contaminações que podem destruir uma safra inteira e contagiar a propriedade de forma permanente”, reforça Rafael Vaz, gerente comercial da Conceito Sementes.