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Qual estratégia devo adotar com o trigo?

A consultoria recomenda que agricultores, cooperativas e cerealistas evitem a venda


A consultoria recomenda que agricultores, cooperativas e cerealistas evitem a venda imediata A consultoria recomenda que agricultores, cooperativas e cerealistas evitem a venda imediata - Foto: Canva

A movimentação do mercado de trigo tem sido marcada por incertezas, com produtores avaliando estratégias para atravessar um período de preços pressionados e cenário internacional volátil. Segundo a TF Agroeconômica, o momento exige cautela e planejamento tanto para quem vende quanto para quem compra.

A consultoria recomenda que agricultores, cooperativas e cerealistas evitem a venda imediata. Para quem precisa liberar espaço ou gerar caixa, a orientação é negociar apenas o necessário e direcionar parte do volume para participação nas altas esperadas no primeiro semestre de 2026 por meio de contratos futuros na bolsa internacional. Para os moinhos, o recado é diferente: a indicação é antecipar a cobertura de contratos longos do próximo ano para garantir matéria-prima a valores ainda considerados baixos.

Entre os fatores que podem sustentar os preços, a consultoria destaca a perspectiva de menor produção na Rússia em 2026, estimada em 83,80 milhões de toneladas, além da compra de 300 mil toneladas lançada pela Arábia Saudita para reforço de estoques. Também pesa o aumento da taxa de exportação russa e a possibilidade de milho e soja darem algum suporte ao mercado, caso revertam perdas recentes. No Brasil, a boa qualidade do trigo do Paraná pode elevar a demanda no médio e longo prazo, com indicadores superiores aos do cereal argentino.

Por outro lado, o avanço da safra francesa limita espaço para reações. O país já plantou quase toda a área prevista, com lavouras em ótimas condições e potencial de produzir acima de 40 milhões de toneladas. A pressão também vem de Chicago, onde o preço renovou mínimas mesmo após venda pontual para a China. A TF Agroeconômica aponta ainda que a competitividade de Argentina, Rússia e União Europeia reduz a chance de aumento relevante na demanda pelo trigo americano.
 

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