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Qualidade da soja depende da identificação de grãos avariados

A identificação do percentual de grãos com defeitos é crucial, uma vez que esses defeitos podem afetar negativamente o processamento dos grãos


Foto: Pixabay

A qualidade da soja brasileira está intrinsecamente ligada à identificação precisa do percentual de grãos avariados, que englobam grãos com defeitos como fermentação, ardência, picadas de percevejos, imaturidade, entre outros fatores prejudiciais.

Fátima Chieppe Parizzi, consultora técnica da ANEC, enfatizou a importância de interpretar minuciosamente as condições de qualidade estabelecidas nos padrões ao lidar com grãos. Isso requer a observância rigorosa dos procedimentos operacionais corretos e a utilização de equipamentos adequados.

No caso da soja, a identificação do percentual de grãos com defeitos é crucial, uma vez que esses defeitos podem afetar negativamente o processamento dos grãos, prejudicando o rendimento e a qualidade dos produtos obtidos, como o óleo de soja e o farelo. Até mesmo os biocombustíveis têm requisitos rigorosos de qualidade em relação aos grãos que serão processados. A classificação desempenha um papel fundamental na determinação da qualidade e do valor do produto, e esses conceitos muitas vezes são referenciados em contratos entre fornecedores e compradores.

Outro fator de extrema importância para a qualidade é o teor de umidade dos grãos. A umidade desempenha um papel essencial na evolução dos defeitos, já que muitos deles estão relacionados a processos químicos que ocorrem em ambientes úmidos.

O pesquisador da Embrapa Soja, Marcelo Alvares de Oliveira, apresentou resultados do Projeto Qualigrãos, que analisou a safra (2021/2022) nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Suas análises incluíram teor de óleo, proteína, acidez, clorofila, grãos avariados, germinados, picados por percevejo e presença de fungos.

O professor Maurício Oliveira da UFPEL, que coordena o Lab Grão, destacou que fatores cruciais para a conservação do grão incluem temperatura e umidade. Além disso, a escolha do genótipo certo é fundamental, uma vez que existem genótipos que podem ser armazenados por menos tempo e outros que suportam prazos mais longos.

Maurício Oliveira também alertou sobre a dessecação, que, quando realizada, requer uma colheita imediata para evitar perda de qualidade acelerada devido a fatores de estresse após a dessecação.

Os eventos relacionados ao tema encerram nesta quinta-feira no Centro Tecnológico Comigo, em Rio Verde (GO), e são promovidos pela Associação Brasileira de Pós-Colheita (Abrapos) com a colaboração de várias entidades e empresas do setor. A qualidade da soja continua sendo uma prioridade para o agronegócio brasileiro.

As informações são da Abrapos

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