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Qualidade de vida no campo cresce no ES

A melhoria das condições de vida na zona rural ocorreu em varias áreas, como trabalho, renda, educação, cultura, habitação, previdência social e desenvolvimento agrário


O estudo intitulado Situação Social nos Estados, realizado pelo Ipea e divulgado na última semana demonstra uma grande evolução na melhoria da qualidade de vida rural no Espírito Santo, onde vivem cerca de 600 mil pessoas, ou 17,4% da população. O levantamento considerou os dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios do IBGE (Pnad/IBGE) referentes ao período 2001 a 2009.


A melhoria das condições de vida na zona rural ocorreu em varias áreas, como trabalho, renda, educação, cultura, habitação, previdência social e desenvolvimento agrário. Contudo, o destaque foi a redução da extrema pobreza, que passou de 17,6% para 1,9%, o que significa diminuição de quase 90%. Uma família é considerada extremamente pobre quando a renda per capita mensal for inferior a R$ 67,07.

Em comparação à população urbana, o índice é ainda mais expressivo. Se compararmos o percentual de extremamente pobres em 2001, veremos que a população rural possuía cerca do dobro em relação à população urbana (17,5% contra 8,1%). Já em 2009, houve uma inversão, a percentagem de extremamente pobres do urbano (3,5%) é quase o dobro da do rural (1,9%). Esse número se sobressai quando se compara o Espírito Santo ao Brasil, onde há 12,6% de extremamente pobres no rural e Região Sudeste, com 4,3%.

Outro indicador importante é a evolução de 42,3% na renda média per capita rural ante o crescimento de 32,1% da urbana no período. A taxa de desemprego rural, em 2009, verificada no estudo, é de apenas 2,4% enquanto no urbano o percentual chega a 8,8%. A média do Estado era de 7,6%. Destaque também para o acesso a energia elétrica que chega a 93% dos domicílios pesquisados.


O estudo mostra ainda que em algumas áreas será preciso avançar muito. Um exemplo é a taxa de analfabetos no meio rural. Não escrevem, nem lêem, 17,7% das pessoas no campo. No urbano, esse indicador cai para 6,6%. O número de anos de estudo no campo é de apenas 4,9 anos, enquanto no urbano chega a 8,6 anos. Ainda no ensino, apenas 2,9% da população rural entre 18 e 24 anos freqüenta a universidade ou estão formados, percentual que chega a 19,2% entre a mesma faixa etária no urbano.

Em relação a domicílios adequados, aqueles com abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de lixo e até dois moradores por dormitório, o meio rural registra o percentual de apenas 13,5% contra 62% no urbano.

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