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Quebra da resistência de ervas daninhas pode estar próxima

Essa é uma das principais causas de prejuízos na agricultura


Foto: Marcel Oliveira

Cientistas da Rothamsted Research, na Grã-Bretanha, adaptaram técnicas genéticas desenvolvidas para o aprimoramento das culturas a serem usadas nas ervas daninhas, permitindo que, pela primeira vez, estudem diretamente a genética responsável pela resistência a herbicidas. Eles relataram que usaram vírus para desativar genes de ervas daninhas ou, alternativamente, aumentar a produção de proteínas específicas por plantas invasoras em laboratório. 

Isso significa que esses pesquisadores agora podem mostrar diretamente que um gene específico é necessário para a resistência a herbicidas, ou então é suficiente para conferi-lo. A pesquisadora principal, Dana MacGregor, disse que a pesquisa foi um 'divisor de águas' para a genética de plantas daninhas. 

O estudo se concentrou no capim-preto, uma das principais ervas daninhas de cereais, e um estudo conjunto anterior envolvendo a mesma equipe mostrou que o capim-preto resistente a herbicidas poderia custar £ 1 bilhão por ano apenas no Reino Unido.  "As ervas daninhas são indiscutivelmente um dos grupos economicamente mais importantes de espécies vegetais. Elas têm grandes impactos agronômicos e ambientais e afetam a segurança alimentar, e é preciso primeiro entender quais genes permitem que o capim-preto evite as práticas atuais de controle”, indica ela. 

Dois métodos foram desenvolvidos para o estudo de plantas cultivadas, aproveitando os caminhos que as plantas e seus vírus usam para combater uns aos outros. Estes são chamados silenciamento gênico induzido por vírus (Vigs) e superexpressão mediada por vírus (Vox). A equipe primeiro inseriu seu gene de interesse em um vírus e depois infectou a erva daninha com ele. 

Durante a Vigs, a planta tenta se defender e, no processo, interrompe a produção de todos os genes provenientes do vírus, incluindo as próprias cópias da erva do gene inserido, enquanto, durante a Vox, as cópias do vírus e do gene inserido fabricam proteínas para a planta. 

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