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Quebra de 6% na soja

Até agora 1% dos 569.775 hectares plantados da oleaginosa foi colhido


Com as máquinas no campo, os produtos rurais de Cascavel deram início à colheita da safra de verão da soja, que segue até os primeiros dez dias de março.

Até agora 1% dos 569.775 hectares plantados da oleaginosa foi colhido. A safra atual possui uma área 2% acima do que a registrada no ano passado, que chegou a pouco mais de 557 mil hectares na área de abrangência do Deral (Departamento de Economia Rural) de Cascavel, que representa 28 municípios da região.

Apesar de o espaço destinado à cultura ser maior do que o anterior, o que deve cair, se as estimativas se confirmarem ao fim da colheita, são os números relacionados à produção e à produtividade. De acordo com o último boletim da Seab (Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento), o núcleo de Cascavel colherá 2,1 milhões de toneladas de soja, 3% a menos do que na safra 2016/17, que fechou com quase 2,2 milhões de toneladas colhidas.

Já o rendimento por hectare, segundo a economista Jovir Vicentini Esser, deve registrar uma quebra de 6% em relação ao ano passado. Isso significa que a produtividade média por hectare passará dos atuais 3.932 quilos para menos de 3.700 quilos de soja por hectare.

Vários fatores

Jovir explica que a queda está relacionada a diversos fatores. Um deles é o excesso de umidade no solo que dificultou e em alguns casos impossibilitou o controle sanitário. E é a partir deste problema que outro ainda mais grave surge: a ferrugem asiática. “No Oeste, esta será a safra de maior incidência de casos de ferrugem por conta do excesso de chuva que prejudicou a entrada na lavoura para aplicar fungicidas”, comenta.

Se o panorama inicial já assusta os produtores, a economista faz mais um alerta. “Fala-se que a soja mais tardia, que virá na sequência, pode ter perdas maiores de produtividade do que o que está sendo registrado neste momento”, afirma.

Variação

A economista do Deral destaca que neste início de colheita há uma grande variação na produtividade. “Há lavouras que registram 100 sacas por alqueire, outras até 185”, diz. A diferença, conforme Jovir, é decorrente da própria variedade de soja, aliada ainda aos mesmos fatores que desencadearam na quebra da produtividade.

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