Queda de preço do frango continua não chegando ao consumidor

Frango vivo e abatido fecharam a semana passada - a 12ª de 2013 - valendo perto de 87% da cotação registrada nos primeiros dias do ano, ou seja, sofreram até agora desvalorização que supera os 13%. 

Já no varejo, a variação registrada pelo frango abatido resfriado foi positiva, próxima de 1%, o que significa dizer que em relação aos preços industriais (granja e abatedouro), o preço no varejo aumentou quase 15%. E como isso se repetiu nessas 12 primeiras semanas do ano, a conclusão que fica é a de que nenhuma das baixas enfrentadas pelo produtor nas granjas ou pelos abatedouros no atacado foi repassada ao consumidor. Até pelo contrário.

De acordo com o Procon-SP (cujos dados são levantados todas as quintas-feiras no varejo da cidade de São Paulo), a maior baixa semanal experimentada pelo consumidor paulistano desde o início do ano (-4,26%) foi registrada na semana passada. Foi quando o preço do produto recuou de R$5,63/kg (14/3) para R$5,39/kg (21/3). Mesmo assim foi uma queda inferior à observada, por exemplo, nas granjas (onde a queda foi superior a 7%), além de manter o preço para o consumidor em um nível superior ao de um mês atrás (21 de fevereiro, 8ª semana do ano), época em que tanto o frango vivo como o abatido alcançavam valores bem superiores aos atuais.

Os resultados apresentados ensejam várias análises. Mas, provavelmente, o mais ressaltável é a questão das margens entre um segmento e outro. Da granja para o abatedouro, a margem se manteve praticamente inalterada nos dois momentos analisados (31,67% no dia 3 de janeiro; 31,15% em 21 de março). Já do atacado para o varejo, a margem de 35,19% do início do ano subiu para 58,06% na semana passada – um aumento de 65%.