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Queimadas atingem maior reduto de onças do mundo

O fogo avança pelo Pantanal mato-grossense e preocupa cada vez mais


Foto: Pixabay

As queimadas seguem avançando pelo Pantanal e colocam em risco a biodiversidade local. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a quantidade de focos de incêndios registrados nos oito primeiros meses de 2020 equivale à quantidade total dos seis anos anteriores somados.

Em Mato Grosso as chamas alcançaram o Parque Estadual Encontro das Águas, na cidade de Poconé (distante 102 km de Cuiabá). O local é o que tem a maior concentração de onças-pintadas do mundo, animal símbolo do país e pertence à categoria "quase ameaçada" de extinção. O fogo já dura sete dias na região.

Dos 108 mil hectares mais de 50 mil já foram atingidos. O parque costuma ser freqüentado por turistas para fazer a observação do animal. O turismo representa um faturamento bruto anual de US$ 6,8 milhões às comunidades da região. Em agosto outro local importante para a biodiversidade foi destruído. A Fazenda São Francisco do Perigara, em Barão de Melgaço (MT), é considerada o refúgio da arara-azul, com 15% da espécie, e teve 70% da área queimada.

Os bombeiros seguem constantemente no combate ao fogo e também buscam proteger as mais de 140 pontes de madeira da Transpantaneira para evitar o isolamento de comunidades. Fazendeiros da região também disponibilizaram maquinários, pipas e tratores para ajudar nas ações.

O fogo no Pantanal destruiu uma área equivalente a quase dez vezes as cidades do Rio e de São Paulo juntas, somando mais de 2,3 milhões de hectares. Mato Grosso é o que tem a maior área destruída seguido do vizinho Mato Grosso do Sul.

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