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Redução produtiva evita perda do poder de compra do produtor de frango

Setor fecha março com valor 50% maior ao período de 2012


Embora o mês não tenha sido dos mais favoráveis - devido à clara retração do consumo (efeito Quaresma, sobretudo) - o frango vivo comercializado no interior paulista encerra março com um valor cerca de 50% superior ao registrado um ano atrás, em março de 2012.


Foi um desempenho visivelmente superior ao do frango abatido que, no mês, obteve valorização próxima de 38% e muitíssimo melhor que o de sua principal matéria-prima, o milho, cuja cotação média deve encerrar março com valorização em torno de 7%.

Aparentemente, pois, o frango vivo voltou a ser um bom negócio. Mas o raciocínio só é válido em uma comparação de curto prazo - por exemplo, março de 2013 em relação a março dos dois anos anteriores. Porque, numa análise de prazo mais longo, o ganho maior do frango vivo em relação a sua principal matéria-prima, o milho, praticamente se dilui.

Em outras palavras, o ganho do frango vivo em relação ao milho é realmente significativo em relação a 2011 e 2012 (em pontos percentuais, mais 34,86 e 42,72, respectivamente). Mas, comparativamente aos preços praticados em março de 2009 e de 2010 quase desaparecem, ficando limitados a 7,33 e 4,13 pontos percentuais.


Isso quer dizer, em última instância, que o volume de frangos hoje necessário para adquirir uma saca de milho (cerca de 11,6 kg) é apenas 4,6% e 2,3% menor que os de, respectivamente, março de 2009 e março de 2010. De onde se conclui que, não fosse a fortíssima (e compulsória) redução da produção em decorrência da crise de 2012, a capacidade aquisitiva do produtor no tocante à matéria-prima essencial do frango seria hoje substancialmente menor.

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