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Resultado do monitoramento na soja é apresentado em Catuípe

Resultado do monitoramento de pragas e doenças em lavouras de soja do Noroeste gaúcho foi apresentado em Catuípe nesta quinta-feira (28/02)


O resultado do monitoramento de pragas e doenças em lavouras de soja do Noroeste gaúcho foi apresentado em Catuípe nesta quinta-feira (28/02), durante o Dia de Campo Projeto Lavoura de Resultado. O evento foi realizado na propriedade de João Cezar Dalla Corte Sobrinho e Marcos Manica, localizada na comunidade Santa Tereza, interior do município.

Nas últimas três safras, os proprietários passaram a monitorar a lavoura, pelo menos uma vez por semana, durante o ciclo da soja. O monitoramento vem sendo orientado pelo engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Cleriston Marchesan. ?Este ano foi feito o monitoramento semanal, desde o plantio" disse Marchesan. 

Uma das lavouras de soja dos Dalla Corte, a área de 17 hectares, onde ocorreu o dia de campo, tem potencial para produzir acima de 70 sacas por hectare. Nessa área, de acordo com o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, foi aplicado apenas uma vez inseticida para lagarta, "inseticida fisiológico", frisou Marchesan. Sem monitoramento, certamente o produtor teria aplicado inseticida, no mínimo, duas vezes. Contra o percevejo foram necessárias duas aplicações, uma a menos do que é de costume. O monitoramento também apontou a presença de ácaro, o que motivou a aplicação de defensivo agrícola, uma única vez. 
"Sabendo que praga está na lavoura, o produtor pode aplicar o inseticida certo", disse o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Gilberto Bortolini. 
"O manejo de cada praga é diferente, o produtor tem de estar atento, nós temos que voltar com o monitoramento, que também é mais econômico", insistiu o professor de Entomologia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Juliano Farias.

Monitoramento

Durante o monitoramento na lavoura, agricultor e técnico fazem a batida de pano. O método de amostragem de inseto consiste em chacoalhar as folhas da soja com o objetivo de derrubar sobre o pano insetos, como lagartas e percevejos. Se o número de infestação não for muito elevado, não se recomenda aplicar inseticida. Contudo, o monitoramento vai além, os técnicos avaliam a qualidade da semente de soja, se há plantas daninhas (buva, picão, guanxuma), se há perdas na colheita, se estão presentes insetos "benéficos" como vespas, besouros e aranhas, e se há sinais da ferrugem da soja, por exemplo. Em suma, o monitoramento leva em conta o sistema de produção de soja, com o objetivo de elevar ao máximo sua eficiência, com menos riscos ao ambiente.

Estações

O dia de campo em Catuípe foi dividido em quatro estações: monitoramento de pragas na lavoura da soja, com engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Cleriston Marchesan, e o professor de Entomologia da URI, Juliano Farias; amostragem correta de solo para análise, com o técnico agrícola Geraldo Kasper e o engenheiro agrônomo Dejair Burtet, ambos da Emater/RS-Ascar; e coletânea de cultivares de soja, com produtor rural Marcos Mânica. Durante o evento, representantes da Massey-Fergusson mostraram equipamentos para agricultura. 

Projeto

O Projeto Lavoura de Resultado foi implementado no Rio Grande do Sul em 2015 e é resultado da parceria entre Massey Ferguson, Embrapa e Emater/RS-Ascar. Na época, o coordenador do Projeto, assistente técnico estadual em Culturas, Alencar Rugeri, apontou o que teria motivado sua criação. "A Helicoverpa foi a gota d?água que nos fez buscar estratégias de controle de pragas e doenças", disse Rugeri, referindo-se à lagarta que causou graves prejuízos econômicos aos produtores de soja, na safra 2012/2013.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, que abrange 44 municípios das regiões Celeiro, Noroeste Colonial e Alto Jacuí, há cinco propriedades monitoradas, além de Catuípe, nos municípios de Cruz Alta, Ibirubá, São Martinho e Tenente Portela. No Rio Grande do Sul, o monitoramento alcança aproximadamente 50 propriedades rurais.

O Dia de Campo Projeto Lavoura de Resultado teve o apoio da Prefeitura de Catuípe, AgroCentro Agropecuária e VanAss Sementes. Além de produtores rurais, o evento foi prestigiado pelo vice-prefeito Gladimir Militz Wey, pelo gerente regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, Carlos Turra, e por Willian Cargnelutti, representante do secretário de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho.
 

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