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Reuniões técnicas do milho e sorgo discutem produtividade e mudanças climáticas

“A irrigação é uma grande solução para os problemas se nós mantivermos os mananciais de água”, disse o pesquisador da Embrapa, Eduardo Assad


Na manhã desta terça-feira (14), foi aberta, em Veranópolis, a 54ª Reunião Técnica Anual do Milho e 37ª Reunião Técnica Anual do Sorgo. Participaram o presidente da Emater/RS, Mário Ribas do Nascimento, o diretor-presidente da Fepagro, Benami Bacaltchuk, e representantes de instituições ligadas à cadeia produtiva do milho e do sorgo. O evento, que acontece até quinta-feira (16), no Recanto Marista Medianeira, reúne profissionais da pesquisa da Fepagro e da Embrapa de Sete Lagoas (MG), Passo Fundo e Pelotas (RS), do ensino (UFRGS e Udesc), da assistência técnica e extensão rural e agricultores para a análise do cenário dessas culturas.

No RS, a produtividade média do milho é de aproximadamente 3.200 kg/ha, e a do sorgo, de 2.200 Kg/ha, consideradas baixas pelos especialistas. “Temos que criar condições para aumentar a produtividade e a produção e garantir a competitividade. Para isso, a pesquisa e a difusão de inovações tecnológicas são fundamentais, sendo a irrigação e a armazenagem de água um dos caminhos para o enfrentamento das condições climáticas adversas que afetam a produção”, destacou Nascimento.

O pesquisador da Embrapa, Eduardo Assad, concorda: “A irrigação é uma grande solução para os problemas se nós mantivermos os mananciais de água”. Assad falou sobre as mudanças climáticas (aquecimento global) e os impactos na agricultura. Segundo ele, a própria agricultura é hoje responsável por 18% das emissões anuais de gás carbônico, mas a única com capacidade de reverter a situação. “O controle do desmatamento e das queimadas e a adoção de sistemas agroflorestais contribuem para a sequestro de carbono”, citou. O incentivo ao plantio direto e o uso de estratégias de melhoramento genético e manejo do solo, o aprofundamento das raízes e a redução do ciclo do milho são outros fatores que podem contribuir para amenizar os efeitos do aquecimento global, como as limitações na produção. “Quem economizar em tecnologia vai perder”, concluiu o pesquisador. As informações são da assessoria de imprensa da Emater/RS-Ascar – Regional Caxias do Sul.

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